Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Apesar do negacionismo de Bolsonaro, a vacina venceu no Brasil em 2021

O ano de 2021 termina com o país ultrapassando os Estados Unidos no total da população completamente imunizada

Por Paula Felix Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h33 - Publicado em 23 dez 2021, 06h00

O Brasil passou o dia 17 de janeiro, um domingo calorento, em frente à TV. Havia um certo clima de Copa do Mundo, com a diferença de que, naquele dia, a decisão dizia respeito a esperança. Pela manhã, técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram, com transmissão ao vivo de Brasília, para analisar o pedido de uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 da CoronaVac, fabricada pela empresa chinesa Sinovac e produzida no país pelo Instituto Butantan, e da Oxford-AstraZeneca, resultado de uma parceria da universidade inglesa com a farmacêutica do mesmo país. Os imunizantes mal haviam sido liberados quando, em São Paulo, a enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, recebeu a primeira dose de CoronaVac no centro de vacinação montado nas dependências do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Naquele momento, o país enfrentava a segunda onda da doença, iniciada com a volta da subida de casos em novembro de 2020, depois de quatro meses de estabilidade. Enquanto os brasileiros viviam o inferno do colapso na saúde, com o Amazonas registrando a morte de pacientes por falta de oxigênio, nos Estados Unidos e na Inglaterra a campanha de imunização deslanchava. A dose de CoronaVac aplicada em Mônica foi um instante de alívio. Nas semanas seguintes, porém, parecia que mais uma vez o Brasil patinaria no enfrentamento da pandemia. Houve atrasos na entrega do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), problemas de distribuição de doses e o desabastecimento em unidades de saúde em várias cidades. Superadas as dificuldades, 2021 termina com o Brasil ultrapassando os Estados Unidos no total da população completamente vacinada, à revelia do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro. A vitória da vacina se deve à estrutura de vacinação do SUS, cuja capilaridade cobre as regiões mais remotas do território, e à aceitação dos imunizantes pelos brasileiros, que desde o início se mostraram muitos mais favoráveis às vacinas do que outros povos. Graças ao avanço da vacinação, o total de mortes e hospitalizações caiu e os hospitais, tanto públicos quanto privados, retomaram o atendimento a outras enfermidades. Viva a ciência.

Publicado em VEJA de 29 de dezembro de 2021, edição nº 2770

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.