Os avanços em Marte que deixam a ciência em polvorosa

TBT 14 DE AGOSTO DE 1996 | “O mistério do planeta vermelho: cientistas descobrem num meteorito de Marte que caiu na Antártida o primeiro forte indício de vida fora da Terra”.

Há quase 30 anos, VEJA destacava em sua capa uma descoberta que deixaria os defensores da possibilidade de vida em outros planetas em polvorosa: um meteorito encontrado na Antártida em 27 de dezembro de 1984, com sinais de bactérias de 3,6 bilhões de anos e toda sua jornada pelo espaço.

Ao longo de cinco páginas, a reportagem destrinchou o que os cientistas já tinham conseguido comprovar, o que ainda faltava esclarecer e claro, a aventura de uma possível viagem a Marte.

“Os mistérios do meteorito ALH84001 são de outra natureza. Em primeiro lugar, porque ele veio mesmo de Marte. Já teria sido uma vitória magnífica da ciência determinar, sem sombra de dúvida, a origem marciana de um pedaço de rocha vulcânica que vagou por 15 milhões de anos no espaço antes de cair na Terra. Marte ocupa um lugar especial no imaginário da humanidade. É o planeta preferido não apenas da ciência cósmica mas também dos autores de ficção científica”, dizia o texto.

Quase trinta anos depois, o horizonte científico avançou consideravelmente, com a recente aproximação de uma sonda espacial a Marte. A sonda Hera, da Agência Espacial Europeia (ESA), passou a cerca de 5 mil km da superfície do planeta vermelho. A manobra faz parte da missão que levará a nave ao asteroide Dimorphos, seu destino final, onde deverá chegar em dezembro de 2026.

O encontro com Marte não foi apenas um marco no trajeto, mas um teste crucial para as tecnologias que a nave usará ao operar de forma autônoma no espaço profundo.

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