Calor fora de época eleva temperatura de SP para acima de 30°C

Termômetros também sobem nas áreas mais centrais do país, mas sem previsão de chuvas, sobem os riscos de queimadas na região central

Por Valéria França SEGUIR SEGUINDO Atualizado em 20 ago 2025, 10h40 - Publicado em 20 ago 2025, 10h00

praça por do sol em sp — VERANICO- Praça do Pôr do Sol: dia quente mas muito seco (spdagaroa//Instagram)

Depois de mais de uma temporada longa de temperaturas baixas, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, o inverno vai tirar férias por alguns dias. O calor deve aumentar nas áreas mais centrais do Brasil, nesta semana, e a expectativa é que o veranico traga temperaturas superiores a 30°C, de acordo com a Nottus, empresa de inteligência de dados e consultoria meteorológica em negócios. Em São Paulo, os termômetros não registravam temperaturas assim elevadas desde 9 de abril. A capital paulista pode ter máxima de 31° nesta quarta-feira, variando entre céu parcialmente nublado e limpo. Não há previsão de chuvas no país, a não ser para a região Sul, onde são esperadas precipitações intensas na próxima sexta-feira.

Mas o veranico fora de época não vem acompanhado de chuvas. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) tem emitido sinais sobre a crescente ameaça de incêndios florestais devido à queda acentuada da umidade do ar. No início da semana, houve alerta amarelo de baixa umidade em cidades do Sudeste do Piauí, como Picos, com níveis de umidade inferiores a 30%, o que representa risco potencial de incêndios e danos à saúde.

Pior é a situação da região central do Brasil. Cuiabá e municípios vizinhos no Centro-Sul de Mato Grosso recebeu alerta vermelho de baixa umidade, abaixo de 12%. Em outras palavras, o ambiente é muito propenso para o surgimento de queimadas e deve impactar a saúde da população. A combinação de ventos mais quentes e seca aumenta o estado de atenção para a região pantaneira, que sofreu muito o ano passado com o fogo. Apesar da queda geral nas queimadas no início de 2025, especialmente na Amazônia, as área atingidas pelas anteriormente ficam naturalmente mais fragilizadas para novos eventos e com menos resiliência para se recuperarem.

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