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Campinas terá maior biofábrica de mosquito modificado contra a dengue

Com capacidade para proteger até 100 milhões de pessoas por ano, nova instalação em Campinas é resposta à crescente crise global de arboviroses

Por Ernesto Neves Atualizado em 10 abr 2025, 14h56 - Publicado em 10 abr 2025, 14h01
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Em meio ao avanço alarmante da dengue no Brasil e no mundo, a Oxitec, empresa britânica de biotecnologia, anunciou a inauguração da maior instalação de produção de mosquitos modificados com a bactéria Wolbachia do planeta.

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Localizada em Campinas, a nova fábrica será responsável por abastecer não apenas o território brasileiro, mas também países da América Latina e da região Ásia-Pacífico com a chamada Tecnologia de Wolbachia de Substituição (WRT, na sigla em inglês).

A fábrica faz parte da plataforma Sparks, lançada em 2024 pela empresa como resposta ao apelo da Organização Mundial da Saúde (OMS) por soluções escaláveis no combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

A meta da Oxitec é ambiciosa: proteger mais de 1 bilhão de pessoas da dengue até 2040. A instalação brasileira poderá atender até 100 milhões de pessoas anualmente.

A tecnologia com mosquitos Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti modificados com a bactéria Wolbachia, que impede que o inseto transmita doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

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Ao se reproduzirem com mosquitos selvagens, os insetos “do bem” ajudam a reduzir drasticamente a circulação viral nas regiões tratadas. A segurança e a eficácia do método já foram comprovadas em projetos-piloto realizados por instituições acadêmicas em parceria com governos.

O uso de mosquitos modificados tem ganhado destaque como uma alternativa sustentável frente ao uso intensivo de inseticidas, que além de causar danos ambientais, tem enfrentado resistência crescente por parte dos mosquitos.

A biotecnologia, nesse contexto, oferece uma abordagem inovadora, seletiva e de impacto duradouro no controle de vetores de doenças.

A urgência de soluções como essa é intensificada pelas mudanças climáticas, que vêm ampliando o alcance e a intensidade de surtos de dengue em diferentes partes do mundo.

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O aumento das temperaturas, a intensificação de chuvas e os padrões irregulares de umidade criam condições ideais para a proliferação do Aedes aegypti, estendendo a temporada de transmissão e levando o mosquito a áreas antes não afetadas, incluindo regiões mais altas e urbanizadas.

No Brasil, os dados são alarmantes. Em 2023, o país registrou mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue e 5.872 mortes confirmadas. Apenas nos primeiros meses de 2025, o estado de São Paulo já acumula 375 mil casos prováveis e 238 das 322 mortes registradas em todo o país.

A expectativa é de que os números continuem a crescer, pressionando governos e comunidades a buscarem soluções inovadoras e urgentes.

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