Chuvas volumosas atingem quase todo país nesta semana
Precipitação alivia seca no Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, mas não resolve situação da Amazônia
Depois de dias seguidos de calor e seca, uma frente fria entrou no Sudeste, neste fim de semana. Finalmente com força suficiente para quebrar a camada de ar seco, responsável pelo calor e pelo ar seco fora do padrão, que permanecia sobre a região desde abril. Foi uma combinação de ventos de 150 km/h, que se formou em Itapetininga, com chuvas nem tão fortes assim, mas que juntos fizeram grandes estragos na capital paulista.
Mas essa é apenas a primeira da temporada de chuvas que vem por aí em outubro na região. “Não há mais seca atmosférica”, diz Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagem de Satélites da Universidade Federal de Alagoas.
As chuvas devem se espalhar pela maior parte do país, mas serão irregulares e não vão resolver a seca nas regiões mais críticas. As previsões da Climatempo é de chuva moderada no Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A situação do Pantanal melhora bastante, mas a recuperação da região ainda demora, pois necessita de chuvas moderadas e constantes para infiltrar no solo e trazer boas condições para a agricultura. Só depois disso haverá a recuperação da crise hídrica.
Também deve chover na Amazônia, mas nem tanto, nem com a constância das demais regiões. No norte e no leste da Amazônia, assim como no Nordeste, a precipitação não será suficiente para aplacar a seca. “Isso se deve à temperatura um pouco mais alta no norte do Oceano Atlântico”, explica Barbosa. “A virada da Amazônia será em dezembro, muito provavelmente.”
A curto prazo é São Paulo que precisa se organizar para enfrentar o temporal previsto para a próxima sexta-feira, 18. A Enel comunicou que o restabelecimento do fornecimento de energia deve ser totalmente resolvido até quinta, 17. Em outras palavras: o paulistano não terá intervalo para lidar com um novo apagão.