Cidade-esponja: São Paulo planta ‘jardins de chuva’ para conter enchentes
Para fazer frente à crise climática, prefeitura planeja que projeto tenha 400 áreas verdes até o fim do ano
![Bosque das Maritacas, no Centro: árvores frutíferas ocupam antigo ponto de despejo de entulho](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Captura-de-tela-2024-02-05-121359.jpg?quality=90&strip=info&w=978&h=463&crop=1)
Parte da paisagem de São Paulo desde sua fundação, em 1554, as enchentes que acometem a cidade a cada verão têm se tornado cada vez mais frequentes e intensas, um resultado direto do efeito estufa que acomete o planeta.
Para fazer frente à essa crise climática, a prefeitura da cidade implementou um projeto pioneiro, que utiliza uma saída urbanística conhecida como “solução baseada na natureza”. Trata-se do conceito batizado como “cidade-esponja”.
As esponjas são, na verdade, áreas verdes capazes de absorver e filtrar o escoamento de águas pluviais, aliviando a pressão nos sistemas de drenagem.
De uma forma geral, o plano consiste em criar jardins e parques, que passam a substituir o concreto em áreas mais vulneráveis, aumento a absorção da água. Essas trechos verdes recebem o nome de “jardins de chuva”.
A prefeitura paulistana deu início à iniciativa em 2017, quando foram registrados 23 espaços verdes este ano, multiplicando a iniciativa desde então.
De acordo com a administração municipal, até o fim do ano a capital paulista deverá contar com 400 jardins de chuva.
![Jardim de chuva na região do Pacaembu Jardim de chuva na região do Pacaembu](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Captura-de-tela-2024-06-19-163956.jpg?quality=90&strip=info&w=300)
Os jardins de chuva vem sendo instalados ao longo de vias movimentadas, incluindo a Avenida 23 de Maio, onde o canteiro central hoje exibe um extenso gramado.
Parques localizados em encostas também estão sendo renovado. A ideia é introduzir plantas com maior capacidade de retenção de água e terra, reduzindo a erosão.
A prefeitura também introduziu jardins em espaços exíguos ou propensos a inundações. Outra ideia já posta em prática são as chamadas vagas verdes, isto é, ruas em que áreas equivalentes a uma vaga de carro recebem arbustos e árvores, criando ali um ponto de drenagem de águas pluviais.
Os jardins são compostos por três camadas distintas: um poço de infiltração com cerca de um metro de profundidade, uma estrutura formada por rachões, brita, terra e composto orgânico, e por fim, a plantas e flores.
Esses oásis verdes, inseridos no contexto urbano de São Paulo, não só restauram a vegetação nativa, mas também contribuem para o retorno da fauna local. Além disso, promovem a conservação, preservação e enriquecimento da biodiversidade,.
![Jardins de chuva: melhoram o escoamento das águas e diminuem o calor em São Paulo Jardins de chuva: melhoram o escoamento das águas e diminuem o calor em São Paulo](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/06/Jardins-de-chuva-melhoram-o-escoamento-das-aguas-e-trazem-beleza-para-a-capital-paulista.jpg?quality=90&strip=info&w=300)
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