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Como essas 7 cidades globais enfrentam ondas extremas de calor

Em ondas de calor, os espaços urbanos geralmente atingem as temperaturas mais altas. Mas metrópoles como Sydney e Los Angeles vêm adotando medidas de mitigação

Por Ernesto Neves Atualizado em 18 fev 2025, 17h34 - Publicado em 18 fev 2025, 15h41

Ao longo desta semana, uma intensa onda de calor — a terceira do ano a atingir o Brasil — fez as temperaturas se elevarem acima dos 40°C em cidades como o Rio de Janeiro.

A capital fluminense atingiu Nível de Calor 4 pela primeira vez desde a criação de protocolo para altas temperaturas.

A disparada dos termômetros pôs milhões de brasileiros em risco e evidenciou o despreparo de nossas cidades para lidar com os extremos do clima.

Em outras regiões do globo, porém, governos locais iniciaram uma corrida para adaptar os centros urbanos à era de extremos climáticos.

Esse é um passo fundamental, defendem os especialistas climáticos. Isso porque a infraestrutura da cidade — como estradas e edifícios — absorve calor e depois o libera de volta para a atmosfera.

O que significa que as temperaturas mais altas em uma onda de calor geralmente ocorrem em áreas urbanas.

Não por coincidência, da Europa à China, da Índia ao Paquistão, dos Estados Unidos à África, as metrópoles vêm registrando temperaturas inéditas.

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Veja abaixo sete exemplos do enfrentamento à crise do clima.

Sevilha

Em uma cidade onde as temperaturas chegam regularmente a 40°C durante o verão, não é surpresa que Sevilha, na Espanha, tenha sido a primeira no mundo a categorizar ondas de calor, assim como agora faz o Rio de Janeiro.

Para enfrentar o calor extremo, a cidade espanhola expandiu a instalação de toldos, adotando o que o prefeito Antonio Muñoz chamou de “política da sombra”.

“Essa é apenas uma das muitas medidas necessárias para manter as ruas utilizáveis — seja para crianças brincando, pessoas fazendo compras ou simplesmente conversando ao ar livre”, disse.

Além disso, Sevilha está plantando 5.000 árvores por ano, investindo em materiais de construção que refletem o calor e instalando mais fontes públicas para amenizar as altas temperaturas.

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Sydney

Na região metropolitana de Sydney, na Austrália, em uma área que abrange 1,3 milhão de hectares ao redor da capital australiana, há um plano ambicioso para aumentar a cobertura verde: plantar 5 milhões de árvores até 2030.

Além de fornecer sombra e umidade, as árvores ajudam a refrescar as cidades e desempenham um papel essencial no combate às mudanças climáticas, absorvendo e armazenando naturalmente o dióxido de carbono.

Los Angeles

Na cidade da Costa Oeste americana que frequentemente sofre com extremos do clima, como os incêndios que devastaram a região em janeiro, as autoridades municipais começaram a pintar as ruas de branco em 2019.

O objetivo é refletir os raios solares de volta para a atmosfera, resfriando a área ao redor.

Dez ruas em dez bairros foram pintadas até agora com o revestimento refletivo, de acordo com o site Reasons to be Cheerful.

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Assim, nos dias quentes, a tinta branca resfria a superfície não só do local pintado como ao seu redor.

Abu Dhabi

Nos Emirados Árabes Unidos, as mudanças climáticas devem elevar as temperaturas médias para bem acima de 50°C na segunda metade do século, criando condições extremas que podem tornar a cidade inabitável.

No entanto, o design inovador pode ajudar a mitigar o calor.

Um exemplo disso são as Torres Al Bahar, um edifício de 26 andares equipado com telas dobráveis controladas por computador.

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Essas estruturas se abrem e fecham automaticamente conforme a posição do sol, fornecendo sombra e reduzindo a absorção de calor.

Paris 

A cada verão, as ondas de calor atingem a França com intensidade crescente.

Em agosto de 2022, Paris registrou 36°C, enquanto um estudo publicado em abril de 2023 apontou a capital francesa como a cidade europeia com o maior risco relativo de mortalidade associada ao calor, entre 854 analisadas.

Para mitigar esse impacto, Paris está implementando 800 “ilhas frias” espalhadas pela cidade.

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Esses espaços, identificáveis por meio de um aplicativo, incluem parques, fontes de água e edifícios públicos, como piscinas e museus.

As ilhas podem ser de 2°C a 4°C mais frescas do que as ruas ao redor.

Além disso, a cidade planeja plantar 170.000 árvores até 2026 para aumentar a cobertura verde.

Roterdã

A vegetação nos telhados pode ajudar as cidades a se manter mais frescas, e Roterdã, na Holanda, está apostando nessa solução por meio da iniciativa Rotterdam Rooftop Walk.

O objetivo da cidade é tornar 900.000 metros quadrados de telhados verdes, ajudando a reduzir a temperatura ambiente e a armazenar água da chuva, o que também contribui para a prevenção de enchentes.

Segundo a Agência de Proteção Ambiental dos EUA, os telhados verdes podem reduzir a temperatura urbana em até 15°C.

Medellín

Para enfrentar o calor extremo, Medellín, na Colômbia, criou uma rede de 30 corredores verdes que proporcionam sombra e frescor ao longo da cidade.

Milhares de árvores nativas, palmeiras, bambus e plantas tropicais foram plantadas ao longo de calçadas, parques e vias movimentadas.

Essas áreas não apenas reduzem a temperatura local, mas também criam espaços mais agradáveis para deslocamentos e encontros sociais.

Mudança de hábito: plantas baixaram temperaturas em 2°C, atraindo pedestres em Medellín
Mudança de hábito: plantas baixaram temperaturas em 2°C, atraindo pedestres em Medellín (Getty/Getty Images)

 

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