Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Crise ambiental definirá como viveremos no futuro, diz ex-ministra

Em evento realizado no Instituto Inhotim, Izabella Teixeira falou sobre a presença do Brasil na COP26, em Glasgow

Por Jennifer Ann Thomas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 dez 2021, 17h22

O Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo, sediou na terça-feira, 7, o evento Inhotim ESG Summit para debater questões de impacto social, ambiental e econômico nos setores público e privado. Durante um dos painéis, a ex-ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que foi a chefe da delegação brasileira na negociação do Acordo de Paris, na COP21, afirmou que o mundo perdeu o interesse no Brasil dentro da agenda ambiental.

A avaliação da ex-ministra levou em consideração o contexto da COP26, que aconteceu durante a primeira quinzena de novembro em Glasgow, na Escócia. “O Brasil sempre teve o soft power, mas hoje não tem mais”, disse Teixeira. Para ela, o retrocesso político nas questões ambientais terá consequências no curto e no médio prazo. “A diplomacia toma nota. O Brasil pode esquecer [do que vem fazendo na área ambiental], mas o mundo não esquece. Essa situação será usada em outros momentos contra os interesses do Brasil”, afirmou.

Por mais que as discussões sobre o Artigo 6, que regula o mercado global de carbono, tenham chamado mais atenção durante a COP26, Teixeira defendeu que a verdadeira chave do Acordo de Paris está no Artigo 4, que fala sobre ambição. “Precisamos discutir mitigação e adaptação com o objetivo de alcançar resiliência. É preciso pensar em como construir soluções de desenvolvimento”, disse.

De acordo com ela, as negociações em Glasgow foram importantes para resolver o chamado livro de regras do Acordo de Paris e o resultado das duas semanas, o Pacote de Glasgow, colocou o ponto de partida para dar início à implementação e partir para a ação. Segundo a ex-ministra, a pandemia de coronavírus mostrou à sociedade o que é uma crise capaz de paralisar o mundo. “Frente à crise climática, a covid-19 foi um spoiler. As incertezas e vulnerabilidades da crise ambiental neste século definirão como viveremos”, afirmou.

Ao fazer um balanço sobre a COP26, Teixeira afirmou que Glasgow trouxe três pontos principais. O primeiro deles foi o movimento das ruas, que impacta no universo corporativo, pois os executivos e CEOs estão cada vez mais atentos para mostrarem que os seus produtos não estão atrelados ao desmatamento da Amazônia ou do Cerrado. 

Continua após a publicidade

O segundo ponto é que a questão do uso da terra ganhou evidência. “Antes estávamos centrados na energia, como deveria ser, e agora entrou a agenda de uso da terra, que veio para ficar. O agro terá que evoluir, ser de baixo carbono e sustentável”, disse.

Por fim, a ex-ministra destacou a questão das florestas. Na COP26, foi anunciado um acordo assinado por 120 países com o objetivo de zerar o desmatamento até 2030. “Há uma estratégia enorme de proteção relacionada a direitos humanos”, afirmou. Enquanto a destruição da floresta continua a aumentar no Brasil, o recado na COP26 foi claro: é preciso acabar com o desmatamento. 

Publicidade

Imagem do bloco
Continua após publicidade

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.