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Degelo do Ártico desacelera nas últimas duas décadas e surpreende cientistas

Constatação surpreendeu pesquisadores, já que as emissões de carbono seguem em alta, intensificando o aquecimento global

Por Ernesto Neves Atualizado em 20 ago 2025, 10h31 - Publicado em 20 ago 2025, 10h30

O degelo do Ártico, um dos principais indicadores da crise climática, sofreu uma desaceleração inesperada nos últimos 20 anos.

Pesquisadores apontam que, desde 2005, não há queda estatisticamente significativa na extensão do gelo marinho, apesar da continuidade do aumento das emissões de carbono e do aquecimento global.

A descoberta surpreende a comunidade científica, já que a tendência registrada nas últimas décadas indicava uma perda acelerada da cobertura de gelo.

Segundo os cientistas, a explicação está em oscilações naturais de longo prazo nas correntes do Atlântico e do Pacífico, que reduziram a entrada de águas mais quentes no Ártico.

O fenômeno, contudo, é temporário: projeções indicam que o ritmo de derretimento deve retomar nos próximos cinco a dez anos, podendo ocorrer em velocidade até duas vezes maior do que a média histórica.

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“Ganhamos um pouco de tempo, mas é um alívio momentâneo”, afirmou Mark England, autor principal do estudo publicado na revista Geophysical Research Letters.

O aparente “respiro” não significa recuperação. Desde 1979, quando começaram as medições por satélite, a extensão mínima do gelo em setembro caiu pela metade.

Além disso, o gelo está cada vez mais fino: dados mostram que, desde 2010, a espessura média em outubro diminui cerca de 0,6 centímetro por ano.

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Para cada tonelada de CO₂ lançada na atmosfera, 2,5 metros quadrados de gelo desaparecem no Ártico.

Pesquisadores alertam que a região deve se tornar livre de gelo ainda neste século, o que agravará o aquecimento global, já que o oceano escuro absorve mais calor, e colocará em risco comunidades e ecossistemas.

O comportamento atual do gelo lembra o que ocorreu após o El Niño de 1998, quando a elevação da temperatura global passou por uma breve pausa antes de voltar a crescer rapidamente.

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Especialistas destacam que o planeta continua acumulando calor e que o aquecimento global é inequívoco, causado pela ação humana e segue como ameaça urgente.

O Ártico aquece hoje cerca de quatro vezes mais rápido do que a média mundial, reflexo direto da queima de combustíveis fósseis e da concentração recorde de gases de efeito estufa na atmosfera.

Esse cenário reforça a importância do Acordo de Paris, firmado em 2015, que estabeleceu a meta de limitar o aumento da temperatura a 1,5°C. Também amplia as expectativas em torno da COP30, marcada para 2025 em Belém (PA).

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Como anfitrião da conferência, o Brasil terá papel estratégico nas negociações climáticas. O país deve usar sua influência para articular compromissos mais ambiciosos de descarbonização e para valorizar a preservação da Amazônia, considerada essencial para estabilizar o clima global.

A reunião será vista como oportunidade de reafirmar a liderança brasileira na agenda ambiental e de pressionar por medidas concretas diante da crise climática que continua a avançar, mesmo em períodos de aparente trégua.

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