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EUA terão verão mais quente que Dubai até 2100, aponta pesquisa

Especialistas estimam que onda de calor elevará temperaturas a 46°C em mais de dez estados norte-americanos

Por Da Redação
Atualizado em 1 ago 2022, 11h15 - Publicado em 1 ago 2022, 10h38
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  • Uma pesquisa feita pelo portal Climate Central, divulgada nesta segunda-feira, 1, descobriu que o aquecimento global levará os Estados Unidos a registarem temperaturas de verão similares às registradas no Oriente Médio até o final do século.

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    A organização, composta por cientistas climáticos, estimou que as mudanças provocadas pelas emissões de gases poluentes trarão um calor extremo a 16 cidades norte-americanas.

    O relatório apontou que, até 2100, o clima de Los Angeles irá se assemelhar ao de Tuxpan, no México, e os verões de Austin, no Texas, se tornarão comparáveis aos de Dubai. Phoenix, por sua vez, registará temperaturas tão elevadas quanto as da Arábia Saudita e Las Vegas experimentará o calor do Kuwait.

    Neste verão, as ondas de calor já elevaram as temperaturas a 46°C em áreas do centro-oeste dos Estados Unidos, causando incêndios florestais e colocando quase um terço da população do país sob algum tipo de alerta.

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    Centenas de recordes de temperatura foram ultrapassados em cidades como Boston, no estado de Massachusetts, que atingiu 37°C nas últimas semanas. Portland, estado de Oregon chegou a registrar 38,9°C na terça-feira 26.

    “Esse tipo de onda de calor se tornará normal e os perigos estarão muito mais presentes. Haverá pessoas que nunca precisaram de ar condicionado que enfrentarão isso. Pode rapidamente passar de desconfortável a perigoso”, alertou Peter Girard, porta-voz do Climate Central.

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    Os pesquisadores coletaram dados de 1990 a 2020 para estabelecer a temperatura “normal” de hoje e analisaram 20 projeções diferentes neste século em diferentes cenários de mudanças climáticas.

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    Segundo estimativas do estudo, a temperatura média global poderá aumentar cerca de 3,6°C até o final do século, caso as emissões de gases poluentes não sejam radicalmente reduzidas.

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    “Não importa o cenário, este será um desafio de curto prazo praticamente em todos os lugares”, disse o especialista.

    Gina McCarthy, conselheira de assuntos climáticos da Casa Branca, afirmou ao jornal britânico The Guardian que o calor extremo “é um assassino silencioso” e estimou que o fenômeno irá afetar a população estadunidense “mais do que qualquer outra emergência climática”.

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    Pesquisas recentes apontam que o mundo já aqueceu cerca de 1,2°C desde os tempos pré-industriais, uma situação que já está provocando ondas de calor e incêndios florestais nos Estados Unidos e na Europa nos últimos meses.

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