Governo vai gastar R$ 300 milhões em auxílio para pescadores impactados pela seca
Baixa dos rios leva a publicação de medida provisória para pagamento de ajuda em parcela única para 100 pessoas no Norte
Em setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na região Norte com uma comitiva de ministros. Na época, se comprometeu em ajudar de alguma forma a população local, que é impactada pelo longo período de estiagem. Com a baixa dos rios e a falta de previsão de chuvas, os problemas sociais e econômicos se agravam a cada dia. A pior situação é a do Amazonas, com mais de 90% do território impactado pela diminuição dos cursos de água. Atualmente 61 municípios amazonenses estão em estado de emergência. “Cuidar daquele povo, também é minha responsabilidade”, chegou a dizer o presidente na época. A ajuda finalmente veio, para o alívio das famílias. Para diminuir a penúria provocada pela crise hídrica, o governo federal aprovou o pagamento do auxílio extraordinário no valor de R$ 300 milhões. Cada pescador artesanal beneficiários do seguro-defeso, cadastrado no em municípios de situação de emergência causada pela seca, deve receber 2 824 reais.
O benefício deve atender 100 mil pessoas. O valor será pago em uma parcela única, assim que o crédito extraordinário estiver regularizado nas próximas semanas pelo governo federal. A Medida Provisória foi publicada no Diário Oficial da União, na última segunda-feira, 7. No prazo de cinco dias, a contar da publicação, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional vai encaminhar a lista dos municípios atingidos pela seca, onde os beneficiários serão contemplados. Só a partir dessa relação que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), deve elaborar a relação dos contemplados e a data para recebimento dos recursos.
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O Rio Negro já passou do nível do limite de segurança, o que levou o porto de Manaus a fechar o acesso para grandes embarcações.Outro importante afluente do Rio Amazonas, com mais de 3 mil quilômetros de extensão, o Madeira passa pela pior seca dos últimos 123 anos. A falta de volume nos cursos de água abala o transporte, a economia e a vida das comunidades ribeirinhas. No lugar de águas, os pescadores encontram bancos de areia, terra árida e desesperança –sim porque a seca deve se estender até o fim de outubro.
(Com Agência Brasil)