Pesadelo sem fim: Guaíba sobe e pode alagar Porto Alegre por um mês
Nível do lago supera a marca de 5,20 metros e águas invadem bairros da capital gaúcha
![Corredor humanitário no Centro de Porto Alegre](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/05/poa.jpg?quality=90&strip=info&w=928&h=516&crop=1)
A situação nos bairros situados na parte sul de Porto Alegre voltou a piorar nesta terça-feira, 14, com a nova subida do Rio Guaíba.
De acordo com o instituto de meteorologia MetSul, a elevação do rio teve início na madrugada. Isso porque passou a soprar na região o vento em direção ao sul, impedindo que a água escoasse para a Lagoa dos Patos.
Há risco de o rio se manter acima da cota de inundação, que é de 3 metros, por até mais quatro semanas, de acordo com estudo feito pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Além disso, houve a chegada da vazão do Rio Taquari, na Grande Porto Alegre, que encheu após novas tempestades desabarem sobre a região.
O nível do Guaíba superou a marca de 5,20 metros na medição da régua do Cais Mauá, no Centro da cidade, um recorde histórico, e tem tendência de elevação para as próximas horas.
Entre os bairros mais afetados estão Guarujá, Ponta Grossa e Ipanema, um dos mais tradicionais de Porto Alegre. Para piorar, essa região não conta com sistemas de contenção, com diques e bombas, como acontece no Centro.
Com o agravamento das inundações no trecho sul de Porto Alegre, a Defesa Civil Municipal vem coordenando uma série de ações de retirada de moradores em localidades que estão no caminho das águas, como o bairro Lami.
Já no Centro da cidade, a situação está um pouco melhor. Isso porque a prefeitura conseguiu religar duas casas de bombas, responsáveis por drenar as águas do Guaíba.
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Também nesta terça-feira, o chamado corredor humanitário começou a ser ampliado em 300 metros.
Ele conecta a área central, pelo Túnel da Conceição, com a Avenida Castelo Branco e a BR-290.
Desde que entrou em operação, na última semana, essa via provisória registra tráfego médio de 100 veículos por hora.
O caminho foi criado para agilizar o abastecimento dos serviços essenciais da cidade, incluindo oxigênio, água, alimentos e equipamentos de emergência.
![Porto Alegre: Centro alagado e cidade em colapso Porto Alegre: Centro alagado e cidade em colapso](https://beta-develop.veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/05/GettyImages-2152101746.jpg?quality=90&strip=info&w=300)