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Por que o Brasil não tem furacões?

Costa brasileira não tem condições favoráveis para ciclones tropicais evoluírem para eventos de maior magnitude

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 out 2024, 11h47 - Publicado em 9 out 2024, 21h17

O Brasil é chamado de “ terra abençoada” por não ter eventos da magnitude de um furacão. Tamanha proteção também tem explicações científicas e não apenas divinas. A costa brasileira não reúne condições ideais para a formação desse tipo de evento climático. A começar pela temperatura do Oceano Atlântico que chega no máximo a 26°C. As águas precisam ser mais quentes, acima dos 27 °C, e coincidir com ventos, vapor de água e mudanças de pressão. Em geral, a pressão precisa ser mais baixa e a temperatura mais alta do que nas regiões vizinhas para a formação de um furacão.

O Furacão Catarina

Há 20 anos, houve o registro de um furacão no Brasil, que atingiu o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Batizado Catarina, provocou a morte de 11 pessoas e a decretação de estado de emergência de 14 municípios. Destruiu 1500 casas. Foi o único da história do país. “Em geral, o que temos na costa brasileira são ciclones extratropicais e subtropicais”, diz Karina Lima, climatologista. O Catarina começou como um ciclone extratropical, a 1000 quilômetros da costa, e aos poucos adquiriu o formato circular no seu centro, com a forma de um olho bem definido, atingindo o estado gaúcho e catarinense com uma velocidade de 150 km/horas.

Condições na Flórida

“Já a Flórida e o resto do Golfo do México sofrem com ciclones tropicais e furacões todos os anos”, diz Andrew J. Kruczkiewicz, do Centro Nacional de Preparação para Desastres, da Faculdade do Clima da Universidade de Columbia. O Golfo do México é especialmente raso, o que facilita o aquecimento das águas. Já a costa da Flórida é impactada pelas ondas tropicais que se originam na África Ocidental e se propagam pelo Oceano Atlântico. Ali também possui condições para a deformação do vento, chamado de cisalhamento, que contribuem para um ciclone evoluir para furacão como o Milton. Estimava-se, a princípio, que ele chegaria à Flórida com uma velocidade de 250 km/h, uma força capaz de arrancar as paredes das casas de madeira, em Tampa, cidade que foi praticamente evacuada. Mas ele perdeu força ao tocar a terra, passando de categoria 5 para 1.

Leia:

+https://beta-develop.veja.abril.com.br/mundo/furacao-milton-se-aproxima-da-florida-e-milhoes-recebem-ordens-para-deixar-suas-casas/

+ https://beta-develop.veja.abril.com.br/mundo/furacao-milton-perde-forca-apos-chegar-a-florida-mas-perigo-permanece

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