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Proteção das espécies marinhas precisa ser quase quatro vezes maior, diz estudo

Com o apoio de cientistas de 50 países, levantamento analisou 11 milhões de registros de localização de 15.845 indivíduos de 121 espécies

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 11 jul 2025, 06h15 - Publicado em 10 jul 2025, 18h41

Apesar de ser tratado como um grande depósito de resíduos, os oceanos são fundamentais para a vida no planeta. Ele produz 50% do oxigênio que respiramos, absorve 30% do gás carbônico, além de ser importante fonte de alimento e regulador do clima. A degradação acelerada deste meio ambiente, impulsionada pela atividade humana, mostra a necessidade de medidas urgentes de proteção. Para ter dados mais precisos sobre o ambiente marinho, o projeto MegaMove ((Marine Megafauna Movement), promovido pela Australian National University (ANU), com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) recrutou 376 cientistas de 50 países. Os resultados preliminares apontam o que as grandes agências ambientais já anunciavam em altos brados: as áreas de preservação nos oceanos são insuficientes para proteger a biodiversidade.

As análises embasam a necessidade de aumentar de 8% para 30% o contingente da população marinha protegida, pelo Tratado de Alto Mar, em águas internacionais. Trata-se de um plano que já vem de longe. A ONU mobiliza esforços internacionais para evitar o declínio da biodiversidade marinha e promover o desenvolvimento sustentável através de uma iniciativa batizada Década dos Oceanos (2021-2030).

A equipe envolvida no MegaMove analisou 11 milhões de registros de localização de 15.845 indivíduos de 121 espécies da megafauna marinha, incluindo golfinhos, baleias, tartarugas marinhas, focas e tubarões monitoradas. Os dados foram usados para mapear áreas essenciais para alimentação, reprodução e rotas migratórias dessas espécies.

O levantamento revelou que estão em zonas protegidas apenas 7,5% das áreas cruciais para a megafauna marinha. Em relação aos  habitats essenciais de 121 espécies, 61% permanecem fora das áreas protegidas existentes ou propostas. No Brasil, os princiapis centros de pesquisas e estudo integram este esforço global de mapeamento. A Universidade Federal do Rio de Janeiro, por exemplo, participou por meio do professor Carlos Frederico Duarte Rocha e da pesquisadora Maria de los Milagros L. Mendilaharsu, ambos do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes (Ibrag). A dupla apresentou dados inéditos sobre os movimentos da tartaruga-de-couro (Dermochelys coriácea), a maior espécie de tartaruga marinha do mundo, no Atlântico Sul Ocidental. Os cientistas ainda alertaram para o impacto negativo das vavegações comerciais, além da necessidade da implantação de estratégias de mitigação como a troca de equipamentos de pesca e uso de luzes diferentes nas redese.

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