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Reino Unido bate recorde de temperatura a 40ºC (e situação pode piorar)

O Meteorological Office alertou, contudo, que as temperaturas desta terça-feira devem subir ainda mais, e alguns locais podem atingir até 42°C mais tarde

Por Amanda Péchy
Atualizado em 19 jul 2022, 20h19 - Publicado em 19 jul 2022, 08h40
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  • O Reino Unido teve seu dia mais quente já registrado nesta terça-feira, 19, com a temperatura chegando a 40,2°C, de acordo com dados provisórios do Meteorological Office. A temperatura extrema ultrapassa o recorde anterior de 38,7°C, estabelecido em Cambridge em 2019.

    O Meteorological Office alertou, contudo, que as temperaturas desta terça-feira devem subir ainda mais, e alguns locais podem atingir até 42°C mais tarde. A Escócia também deve registrar um recorde de 32,9°C.

    O Meteorological Office emitiu um alerta vermelho de calor extremo cobrindo grande parte do centro, norte e sudeste da Inglaterra.

    A Transport for London (TfL), que aconselhou as pessoas a usarem o serviço de transporte “apenas se for essencial”, disse que houve uma queda de 30% nas viagens em comparação com o mesmo período da terça-feira passada.

    O secretário de Transportes, Grant Shapps, disse que a rede ferroviária do Reino Unido não pode lidar com o calor extremo, acrescentando que levaria “muitos anos” antes que as atualizações significassem que os serviços poderiam lidar com o clima mais quente.

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    “A resposta simples é não, a rede não pode lidar com o calor agora”, disse ele à emissora britânica BBC. “No calor de 40°C, os trilhos podem chegar a 50°C, 60°C e até 70°C, e há um grave perigo de flambagem dos trilhos e um terrível descarrilamento.”

    À medida que as temperaturas aumentam rapidamente na terça-feira, respostas de emergência foram emitidas em todo o Reino Unido. Um homem morreu após ser retirado do mar na Ilha de Wight, acredita-se que pelo menos outras quatro pessoas tenham se afogado depois de tentar escapar do calor em rios e lagos, a Suprema Corte mudou as audiências para o on-line, enquanto o Museu Britânico confirmou que fecharia cedo, às 15h.

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    O Serviço de Ambulâncias de Londres disse que atendeu 6.600 chamadas na segunda-feira 18 relacionadas à onda de calor, experimentando um pico de 300 chamadas às 23h.

    Na segunda-feira, várias escolas fecharam, apesar do conselho do governo contra isso, embora um sindicato de professores tenha dito que a maioria das escolas permaneceu aberta.

    As empresas de água no sul e leste da Inglaterra alertaram que o aumento da demanda está levando à queda na pressão – e até mesmo à interrupção do fornecimento – para algumas famílias.

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    As ondas de calor estão se tornando mais prováveis ​​e mais extremas por causa das mudanças climáticas provocadas pela atividade humana. O mundo já aqueceu cerca de 1,1°C desde o início da era industrial, e as temperaturas continuarão subindo, a menos que os governos de todo o mundo façam cortes acentuados nas emissões de gases do efeito estufa.

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    Este é o período mais quente em 125.000 anos, de acordo com o órgão de ciência climática da ONU, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

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    Grande parte da Europa e do norte da África também está enfrentando calor extremo com incêndios florestais na França, Espanha, Portugal, Grécia e Marrocos.

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