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Saiba onde estão os icebergs da Antártica

Maior variação da média de temperatura no planeta foi nos polos, que reagiram com o aumento do degelo e da incidência de grandes placas de gelo

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 mar 2025, 10h46 - Publicado em 18 mar 2025, 10h10

Imenso território gelado, com uma extensão maior que a do Brasil, a Antártica é a maior prova do impacto do aquecimento global. A consequência da elevação dos termômetros pode ser visto em alto mar, boiando no oceano, em imensas placas de gelo, conhecidas como icebergs, que se desprendem do costa do continente. Há 31 deles à deriva no oceano, monitorados por radares, em tempo real.  Os cientistas sabem exatamente onde estão e para onde navegam. “Apesar de ser um fenômeno natural, a frequência deles aumentou”, diz Francisco Eliseu Aquino, climatologista chefe do departamento de Geografia. A fratura das plataformas geladas foi observada pela primeira vez em 1940. Mas foi a partir de 1995, que este processo se acelerou surpreendentemente.

O início

Foi mais exatamente em janeiro e março daquele ano, que houve a desintegração de uma parte grande da Plataforma Larsen, conhecida como PGL. Ao todo, 4.200 km, o que corresponde a 10 vezes o tamanho da Baía da Guanabara. O rompimento ocorreu ao sul da Estação Brasileira Comandante Ferraz. Trata-se do primeiro indício irrefutável registrado de mudanças ambientais. A desintegração da maior parte da plataforma, localizada entre a Península Sobral e a Ilha Robertson, aconteceu em apenas três dias, entre 22 e 25 de março, quando  1.500 km² derreteram.

O avanço e a diminuição das geleiras, assim como a dos mantos, tem a ver com as variações de temperatura atmosférica, do volume de neve acumulado, no inverno, e  derretido, no verão. A temperatura média do planeta começou a ser registrada no início da Revolução Industrial (1760-1840), época que a economia começa a funcionar à base de combustível fóssil. Nos últimos 100 anos, a temperatura média subiu 1,56°C, mais do que o determinado como limite no Acordo de Paris. No passado, um aquecimento deste tamanho demorava quatro milhões de ano para acontecer. “De acordo com os modelos climáticos, a diferença de temperatura nos polos foi maior do que no restante do planeta”, disse a VEJA Shigueu Watanabe Júnior, pesquisador senior do Instituto Climainfo. “Não tem retorno, mas tem como não piorar se houver vontade dos governantes em caminhar em um crescimento sustentável.”

Leia:

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