Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Isabela Boscov

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Está sendo lançado, saiu faz tempo? É clássico, é curiosidade? Tanto faz: se passa em alguma tela, está valendo comentar. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.

A volta de “Stranger Things”

Segunda temporada é um funil de mistérios que vai tragando o espectador

Por Isabela Boscov 27 out 2017, 18h17

Não é surpresa que Stranger Things venha lá no alto da lista de preferências dos supermaratonistas da Netflix – gente que devora uma temporada inédita de série nas primeiras 24 horas após o lançamento. Esse é o efeito calculado pelos criadores, os gêmeos Matt e Ross Duffer: o de ir puxando o espectador cada vez mais fundo para dentro dos mistérios que se desenrolam na fictícia cidade de Hawkins, Indiana. De tal modo que, no final de cada capítulo, a pessoa sente que precisa ver o próximo, pois ali pode estar a chave que ela quer encontrar. E assim por diante, até que se chega ao nono e último episódio e aí vem aquele banzo: agora não há remédio senão esperar mais um ano. Se Stranger Things pudesse ser descrita por um diagrama, eu diria que ela tem a forma de um funil. A história vai se avolumando à medida que as paredes do funil se estreitam, até conduzir ao gargalo e daí desaguar em um novo recipiente – um setup diferente na temporada seguinte. Moldar uma trama a esse tipo de fluxo é uma arte que os Duffer dominam. Mas o afunilamento tem um inconveniente: como começa-se com um cenário muito aberto, demorei a pegar o pé ao cair no episódio inicial da segunda temporada, que está a partir de hoje, na íntegra, na Netflix. Da mesma forma que na temporada anterior, porém, as coisas subitamente ganham volume e aceleração no quarto episódio.

Stranger Things S2
(Netflix/Divulgação)

Um ano depois dos eventos da temporada inicial, Will (Noah Schnapp), o garoto que sumira no mundo de Cabeça para Baixo, está de volta à escola e à convivência com os amigos Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten  Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin). Mas continua a ser motivo de angústia para eles e para sua mãe, Joyce (Winona Ryder): Will está retraído e inseguro; tem “ausências”, e vê coisas que talvez sejam memórias do universo paralelo, talvez sejam alucinações – ou talvez signifiquem algo diverso. À sua maneira, também Mike está se sentindo isolado; conta os dias (literalmente conta-os) desde que viu Eleven (Millie Bobby Brown) pela última vez. E, sem que ele saiba, também Eleven está furiosa por ser mantida longe dele.

Stranger Things S2
(Netflix/Divulgação)

Eleven furiosa é um perigo; e Will nas mãos do cientista que substituiu Papa (Matthew Modine) no Laboratório de Energia de Hawkins é outro perigo. O Dr. Owens (Paul Reiser) ou não enxerga as novas anomalias que se manifestam na cidade, ou está escondendo informações cruciais de pessoas que deveriam tê-las – como o xerife Hopper (David Harbour, de novo um ponto alto do elenco). Dois novos personagens acrescentam à instabilidade: a garota Max (Sadie Sink), por quem Dustin está de queixo caído, e o irmão postiço dela (Dacre Montgomery), um arruaceiro e cafajeste que caiu na classe de Nancy (Natalia Dyer), Steve (Joe Keery) e Jonathan (Charlie Heaton).

Continua após a publicidade
Stranger Things S2
(Netflix/Divulgação)

Se na primeira temporada Stranger Things seguia a linha de clássicos como Conta Comigo, Os Goonies, Contatos Imediatos do Terceiro Grau etc., agora os irmãos Duffer a encaminham para uma outra vertente da década de 80: as adaptações de terror de Stephen King e as distopias de John Carpenter (que continua a ser reverentemente homenageado na trilha sonora). Algo pesado está prestes a irromper em Hawkins – algo vindo do próprio solo, dos céus ou, possivelmente, de todos os lugares ao mesmo tempo. Os Duffer replicam a atmosfera de presságio na própria narrativa: aumentam a proporção de cenários escuros e fechados, intensificam a tensão com cortes abruptos e movimentos de câmera desorientadores, e dão uma coloração mais sombria à trilha sonora (que continua viciante). Tenho certeza de que eles devem ter vários trunfos na manga para a terceira temporada, mas gosto assim, quando os showrunners dão a sensação de que estão pondo tudo na mesa sem economizar em nada, como se o mundo fosse acabar ali. O que, quem sabe, uma hora dessas pode até acontecer mesmo (mas só em Stranger Things, espera-se).

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.