Hepatite C, uma doença traiçoeira
Quando não tratada, a Hepatite C pode causar cirrose e até câncer de fígado. Mas graças à evolução do tratamento, a cura estimada é superior a 90%
O vírus da Hepatite C pode causar doença aguda e crônica. O processo agudo é auto-limitado, raramente causa falência hepática mas, usualmente, leva à doença crônica. A doença crônica progride durante muitos anos, de forma silenciosa e traiçoeira, até atingir a forma de cirrose e de câncer de fígado.
A principal forma de transmissão do vírus C é através da transfusão de sangue infectado. A transmissão perinatal também pode ocorrer. O uso de bebida alcoólica, maconha e a obesidade podem acelerar a evolução da doença. Por outro lado, duas ou três xícaras diárias de café podem ajudar o fígado.
Muitos pacientes infectados com o vírus C reclamam de cansaço e depressão, sintomas que melhoram quando a doença é tratada. Alguns medicamentos devem ser evitados nos quadros graves da doença, como os anti-inflamatórios e, quando utilizar o acetaminofeno, droga associada a piora do fígado, não se deve ultrapassar a dose de 2 gramas por dia.
Os pacientes com doença crônica devem ser vacinados para a Hepatite B e contra o pneumococos, bactéria que pode causar pneumonia, meningite e infecção nos ouvidos. A possibilidade de um doente com a forma avançada da doença evoluir para o câncer de fígado é de 1% a 4% por ano. Portanto, devem ser acompanhados, no máximo, a cada seis meses pelo seu médico.
Os novos medicamentos utilizados para o tratamento são muito eficientes e os pacientes são considerados curados na proporção de 97% a 100% quando a pesquisa do vírus no sangue persistir negativa após o final de 12 semanas de tratamento.
Quem faz Letra de Médico
Adilson Costa, dermatologista
Adriana Vilarinho, dermatologista
Ana Claudia Arantes, geriatra
Antônio Frasson, mastologista
Artur Timerman, infectologista
Arthur Cukiert, neurologista
Ben-Hur Ferraz Neto, cirurgião
Bernardo Garicochea, oncologista
Claudia Cozer Kalil, endocrinologista
Claudio Lottenberg, oftalmologista
Daniel Magnoni, nutrólogo
David Uip, infectologista
Edson Borges, especialista em reprodução assistida
Fernando Maluf, oncologista
Freddy Eliaschewitz, endocrinologista
Jardis Volpi, dermatologista
José Alexandre Crippa, psiquiatra
Luiz Rohde, psiquiatra
Luiz Kowalski, oncologista
Marcus Vinicius Bolivar Malachias, cardiologista
Marianne Pinotti, ginecologista
Mauro Fisberg, pediatra
Miguel Srougi, urologista
Paulo Hoff, oncologista
Paulo Zogaib, medico do esporte
Raul Cutait, cirurgião
Roberto Kalil – cardiologista
Ronaldo Laranjeira, psiquiatra
Salmo Raskin, geneticista
Sergio Podgaec, ginecologista
Sergio Simon, oncologista