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Pandemia trava a venda do sítio ligado a Lula em Atibaia
Empresário Fernando Bittar já informou duas vezes à Justiça Federal que, por causa da Covid-19, ainda não foi possível 'avançar' nas negociações
Por João Pedroso de Campos
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Atualizado em 3 set 2020, 16h17 - Publicado em 3 set 2020, 15h56
Sítio investigado pela PF como sendo do ex-presidente Lula (PT), em Atibaia, São Paulo - 13/11/2018 (Diego Padgurschi/VEJA)
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1/24 Vistoria no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), diz que maior parte da propriedade está em 'estado de abandono' e a avaliou em 1,7 milhão de reais (Justiça Federal/Reprodução)
2/24 Vistoria no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), diz que maior parte da propriedade está em 'estado de abandono' e a avaliou em 1,7 milhão de reais (Justiça Federal/Reprodução)
3/24 Vistoria no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), diz que maior parte da propriedade está em 'estado de abandono' e a avaliou em 1,7 milhão de reais (Justiça Federal/Reprodução)
4/24 Pedalinho no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), ainda é coberto com capa que leva o nome de neto do ex-presidente Lula (Justiça Federal/Reprodução)
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24/24 Vistoria no sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), diz que maior parte da propriedade está em 'estado de abandono' e a avaliou em 1,7 milhão de reais (Justiça Federal/Reprodução)
À venda desde setembro de 2019, o sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que levou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma condenação de 17 anos de prisão na Operação Lava Jato, ainda não foi passado para frente pelo empresário Fernando Bittar. O dono da propriedade informou à Justiça Federal que as negociações travaram devido à pandemia do novo coronavírus.
“Em razão da pandemia da Covid-19, ainda não foi possível avançar nas negociações referentes à venda do Sítio”, disseram os advogados de Bittar em uma petição enviada na segunda-feira, 31, à 13ª Vara Federal de Curitiba, onde correm os processos da Lava-Jato e a ação para venda do sítio de Atibaia. Em junho, a defesa do empresário já havia pedido à Justiça mais prazo para apresentar uma proposta de venda porque, em razão da pandemia, ele não podia se encontrar presencialmente com potenciais compradores e as visitas ao imóvel estavam impossibilitadas.
A oferta e a forma de pagamento foram aceitas por Fernando Bittar, mas não agradaram ao Ministério Público Federal. Para os procuradores da Lava-Jato, a proposta não segue o padrão imposto pelo Código de Processo Civil, de pagamento de pelo menos 25% de entrada, o equivalente a 462.500 reais, e o parcelamento do 1,3 milhão de reais restante em no máximo 30 vezes, que chegariam a 46.250 reais mensais.
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A Justiça concordou com o MPF e determinou que uma nova proposta fosse apresentada, mas até agora – por causa da pandemia, segundo Bittar – ainda não foi possível formalizá-la. O dinheiro de uma possível venda deve ser depositado em uma conta judicial.
Reforma por empreiteiras
O sítio Santa Bárbara foi reformado ao custo de 1 milhão de reais pelas empreiteiras OAS e Odebrecht entre 2010 e 2014, favores em troca dos quais, segundo a Lava Jato, as empreiteiras foram beneficiadas em contratos com a Petrobras. Em fevereiro do ano passado, o ex-presidente foi condenado a 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região elevou a pena a 17 anos de prisão em novembro. A defesa do petista afirma que ele é inocente e que a denúncia não aponta concretamente quais atos ele cometeu em troca das supostas vantagens indevidas.
O sítio tem 35.873 metros quadrados com campo de futebol, piscina e lago. Em um laudo de avaliação do imóvel, o oficial de Justiça Hugo Guerrato Netto notou as “sobejas águas” que regam o sítio, nas montanhas de Atibaia, e a “aprazível cozinha, completa e ampla, com piso branco e móveis novos” que compõe a sede da propriedade – instalada e equipada pela empreiteira OAS a um custo de 170.000 reais.
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O avaliador observou à época, no entanto, que “urge anotar que as construções, em sua maior parte, encontram-se em estado de abandono, com vários pontos de infiltração e rachaduras nas paredes, bem como necessitando a restauração da maior parte do madeiramento e troca de pisos em determinados locais pontuais”.
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