Os desafios da CPI da Covid para confirmar relevância
Vários depoentes pedem tratamento diferenciado, mas o grande teste é o general Pazuello
A CPI da Covid-19 começou a segunda semana com o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. Terá na quarta-feira, 12, o momento mais tenso da semana, que será o depoimento do ex-secretário de Comuncicação, Fabio Wajngarten. Na quinta, 13, a Pfizer já está pedindo para ser tratada de forma diferente.
A grande sombra que paira sobre a CPI atende pelo nome do general Eduardo Pazuello. O ex-ministro já deu vários sinais de que usou a informação de que teve contato com contaminados para ganhar tempo. A autoridade da CPI ficará em cheque se Pazuello conseguir qualquer outra vantagem.
A Pfizer pediu que o ex-diretor da América Latina entre por videoconferência, e que a atual presidente seja dispensada. A CPI já indicou que não aceitará esse tratamento diferenciado porque pode ser o começo de outras fugas.
Há pedidos que claramente podem ser aceitos. A presidente da Fiocruz, Nisia Trindade, pediu para antecipar em um dia a ida dela, porque a data marcada, 26 de maio, será o aniversário de 121 anos da instituição e há uma programação de comemoração. Isso não é um privilégio. É um ajuste de agenda.
Mas qualquer outra flexibilização que for concedida será o começo do enfraquecimento, principalmente outra vantagem a mais dada ao general Pazuello. Se isso acontecer, será um passo perigoso no enfraquecimento da Comissão Parlamentar.