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Política, negócios, urbanismo e outros temas e personagens paranaenses. Por Guilherme Voitch, de Curitiba

Motorista espera até 12 horas para abastecer em Curitiba

Há escassez generalizada de combustível nas principais cidades do Paraná; governadora Cida Borghetti descarta uso do Exército ou da Polícia

Por Guilherme Voitch 26 Maio 2018, 12h32

No sexto dia de paralisação dos caminhoneiros, há escassez generalizada de combustível nas principais cidades paranaenses, caso de Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Ponta Grossa. De acordo com o Sindicombustíveis-PR, entidade que representa os donos de postos em todo o estado, há alguns estabelecimentos abastecidos por caminhões que furam os bloqueios nas estradas. Nestes postos, os motoristas esperam até doze horas em filas para abastecer.

Na cidade, o movimento de carros é visivelmente inferior ao normal de um sábado. Há falta de motoristas nos aplicativos de transporte como Ube, Cabify e 99 Táxi. Muitos bares e restaurantes estão com as portas fechadas. A Abrabar e Abrasel, entidades que representam os bares e restaurantes, afirmam que o gás de cozinha restante na maioria dos estabelecimentos dura, no máximo, mais quatro dias. Nos supermercados, há falta de alguns produtos, especialmente frutas e legumes.

Ainda em Curitiba, ônibus foram escoltados pela Guarda Municipal, na madrugada deste sábado, 26, até as garagens da empresa de ônibus. Também foi garantido o combustível necessário para a coleta de lixo e serviço de ambulâncias por pelo menos sete dias. Outra escolta, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), garantiu querosene para o aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais. Em cidades da região metropolitana, no entanto, a coleta de lixo está suspensa. É o caso de São José, Colombo e Pinhais.

Pontos de bloqueio

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal e Estadual, os manifestantes mantêm 250 pontos de bloqueio em todo o estado. Apesar do anúncio do presidente Michel Temer (MDB) autorizando as Forças Armadas a desobstruir as rodovias, a governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), declarou que não pretende utiliza o Exército ou a Polícia contra o movimento.

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