Araújo admite não ter se envolvido em negociação pela vacina chinesa
Vacina e insumos da China foram negociados exclusivamente pelo Butantan, diz o ex-chanceler de Jair Bolsonaro

Chefe da diplomacia brasileira durante boa parte da pandemia, o ex-chanceler Ernesto Araújo acaba de admitir na CPI da Pandemia que a negociação com a China por vacinas e insumos foi tocada exclusivamente pelo Instituto Butantan.
“China é o país onde se produzem as vacinas. Vacinas CoronaVac estão sendo importadas pelo Instituto Butantan, e as tratativas, segundo entendo, são diretamente entre o Instituto Butantan e os fornecedores chineses, pelo menos durante a minha gestão foi assim”, disse Araújo.
O Butantan já produziu quase 50 milhões de doses da CoronaVac, a primeira vacina a ser distribuída no país em larga escala graças ao trabalho e planejamento do governo de São Paulo, do tucano João Doria.
Ironicamente, Araújo abriu sua fala destacando que, “na minha gestão no Itamaraty”, o país obteve 60 milhões de doses de vacina.