Subiu para sete os corpos encontrados na região da Praia Vermelha, na Urca, zona sul do Rio. Os cadáveres foram encontrados após confrontos na última sexta-feira (8) entre militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar e criminosos que participaram de uma guerra entre traficantes do Morro da Babilônia e Chapéu Mangueira, no Leme.
Hoje (10) pela manhã equipes do Corpo de Bombeiros localizaram seis corpos numa área de pedras perto do mar na Urca. Eles seriam criminosos que participavam da invasão ao Morro da Babilônia e quando voltavam se depararam com homens do Batalhão de Choque que subiam a mata fechada pelo lado da Praia Vermelha. Nenhum deles foi identificado até agora. Os corpos foram levados para o Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto.
6 corpos encontrados no mar
De acordo com a polícia, todos os mortos seriam do Complexo da Maré, zona norte do Rio de Janeiro. Eles teriam ido se juntar aos integrantes da facção criminosa Terceiro Comando Puro, a mesma que domina o Complexo da Maré e participa da guerra pelo controle dos pontos de venda de drogas nos morros do Leme.
O tiroteio da última sexta-feira obrigou, pela primeira vez, por motivo de segurança, devido à troca de tiros no Morro da Babilônia, o serviço do Bondinho do Pão de Açúcar e, por 15 minutos, o Aeroporto Santos Dumont. As aeronaves usam como rota aquela região da zona sul, junto à orla marítima e as operações de pousos e decolagens foram suspensas das 15h15 às 15h30.
Acusação de familiares
Na manhã deste domingo, familiares dos desaparecidos avisaram os bombeiros sobre a localização dos corpos. Esses familiares acusam a Polícia Militar de ter assassinado os seis traficantes depois que eles se renderam, na mata do morro da Urca. Depois os PMs teriam abandonado os corpos entre as pedras, numa região de difícil acesso. Essa versão também foi contada aos familiares por traficantes que conseguiram fugir da perseguição na sexta.
Ao ser questionada pela reportagem sobre a acusação de familiares, a Polícia Militar afirmou que “as ações de resgate são conduzidas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro e as investigações estão a cargo da Polícia Civil.”
(com Agência Brasil)