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A agenda econômica de Lula e a pauta política de Bolsonaro no segundo turno

O presidente faz promessas de novos investimentos, enquanto o antecessor reforça o discurso em defesa da anistia e da recuperação dos direitos políticos

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 out 2024, 15h16
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  • O presidente Lula e o antecessor Jair Bolsonaro têm viajado o país em busca de votos no segundo turno das eleições municipais. Eleitores de 51 cidades voltarão às urnas no próximo dia 27, inclusive em quinze capitais, sendo que em algumas delas haverá embate direto entre um nome apoiado pelo petista e outro apadrinhado pelo capitão. É o que acontecerá, por exemplo, em Belo Horizonte, Fortaleza e Cuiabá.

    Enquanto Lula tem destacado em suas viagens um discurso econômico, tentando atrair para o PT, por exemplo, fatias do eleitorado que passaram a valorizar o empreendedorismo,  Bolsonaro prioriza em suas andanças a defesa anistia para ele, que está inelegível, e para os condenados que invadiram os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo em 8 de Janeiro de 2023.

    Na última quarta-feira, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, Lula anunciou investimentos de 640 milhões de reais nas áreas de saneamento, educação, mobilidade urbana, habitação e assistência social. Na cidade, a petista Natália Bonavides tem 45,9% de intenção de votos na disputa pela prefeitura, enquanto Paulinho Freire (União) marca 52,2%, segundo pesquisa AtlasIntel divulgada na terça-feira, 15.

    Bolsonaro quer recuperar sua elegibilidade para 2026

    Já a prioridade de Bolsonaro é mesmo a anistia, que até pouco tempo atrás era tratada de forma reservada, longe dos holofotes. Na última segunda-feira, em Cuiabá, o ex-presidente criticou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de impedir sua candidatura em 2026. “Eles dizem: ‘Ele está inelegível’. Por que eu me reuni com embaixadores? Não me reuni com traficantes como Lula fez no Rio de Janeiro”, disse Bolsonaro.

    Em seguida, ele pregou a anista para os atos golpistas, o que depende de votação de projeto de lei no Congresso. “Dá para lutarmos pela anistia em Brasília. Esse país é fantástico. O que falta é termos força, equilibrar os poderes. E a gente vai equilibrar por ocasião de 2026 e tudo volta à normalidade”, afirmou.

    Na capital do Mato Grosso, os candidatos do PL e o PT estão tecnicamente empatados neste segundo turno. Pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 16, mostra Abílio Brunini (PL) com 44% das intenções de voto e Lúdio Cabral (PT) com 41%.

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