Na ala Alfa da penitenciária de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, os presos pulam da cama de cimento antes do amanhecer. Voltados para o nascente, em direção à Meca, a cidade sagrada do Islã, eles irrompem o silêncio do pavilhão iniciando uma das cinco orações diárias. Todos rezam juntos, em voz alta, ajoelhados, inclinando a cabeça até tocar a testa no chão. Esse ritual é realizado longe dos outros detentos. Por questões de segurança, a ala Alfa, que tem capacidade para 26 pessoas em celas individuais, é ocupada por apenas quatro – os primeiros brasileiros adeptos do islamismo julgados e condenados por tramarem um atentado terrorista.
Reportagem de VEJA desta semana relata a visita a essa pequena Guantánamo brasileira e publica a entrevista com os presos islâmicos condenados por terrorismo. Todos eles foram alvos da Operação Hashtag, nome da investigação da Polícia Federal que prendeu há cerca de um ano dez pessoas acusadas de planejar um atentado no Brasil. Desse grupo de terroristas, oito foram condenados pela primeira vez em maio deste ano com base na lei antiterrorista, sancionada em março de 2016.
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