‘A injustiça prevaleceu’, diz Zema sobre prisão de Bolsonaro; veja repercussão
Condenado a 26 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe, ex-presidente foi levado para Superintendência da Polícia Federal
Depois de a Polícia Federal cumprir mandado de prisão preventiva expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro na manhã deste sábado, 22, aliados do ex-presidente se manifestaram contra a medida.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), disse que “a injustiça prevaleceu. O Brasil viu hoje o que já sabíamos: afastaram Jair Bolsonaro do convívio da família, de forma arbitrária e vergonhosa para nossa história. Silenciar opositor não é Justiça, é abuso de poder. Divergência política não pode ser motivo para prisão”, afirmou o chefe do Poder Executivo mineiro. “Nossa luta por um Brasil de ordem, trabalho e verdade continua. Meu abraço aos filhos e familiares. Esse não é o Brasil que queremos.”
Bolsonaro teve a prisão decretada depois de o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal alertar o STF sobre a ocorrência de “violação do equipamento de monitoramento eletrônico” usado pelo ex-presidente. A possível ruptura da tornozeleira teria se dado, segundo Moraes, no início da madrugada deste sábado, “às 0h08, do dia 22/11/2025”. “A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”, diz Moraes.
Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, disse que “para qualquer espectador externo é no mínimo confuso entender a situação atual brasileira. Jair Bolsonaro não teve um julgamento justo e vem sendo privado de liberdade antes mesmo da sua condenação. Hoje, mais um golpe contra seus direitos. Um homem que não roubou um pila da população e que é o principal nome de oposição, legitimado por metade dos eleitores brasileiros”.
Líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS) afirmou que a decisão de prisão contra o ex-presidente é tentar calar o homem que levantou a bandeira brasileira. “Hoje, mais uma vez, tentam calar o homem que levantou a bandeira do Brasil quando muitos já tinham desistido dela. Mas jamais conseguirão calar aquilo que ele despertou. Somos aqueles que não se intimidam, que não se vendem, que não se dobram. E somos muitos”, afirmou.
O vice-líder da oposição, deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), lamentou a decisão. “Bolsonaro é um homem de quase 70 anos, com cirurgias recentes e estado de saúde delicado. Qualquer medida que desconsidere essa realidade deixa de ser apenas uma decisão judicial e passa a ferir a dignidade humana. Nosso apelo é por equilíbrio, sensatez e respeito à pessoa humana”, disse.
Na mesma linha, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) afirmou que o país vive um momento que exige responsabilidade institucional. “Independentemente de posições políticas, um ex-presidente idoso e com graves problemas de saúde precisa ser tratado com humanidade. Não se trata de privilégio, mas de respeito a garantias mínimas. O Brasil precisa de paz, não de decisões que aprofundem feridas”. Já o deputado Coronel Tadeu (PL-SP) ressaltou que “Bolsonaro enfrenta limitações físicas reais, frutos de cirurgias e de episódios amplamente conhecidos. Qualquer medida judicial deveria levar isso em consideração. Estamos falando de um ser humano, um pai, um avô, e não apenas de um personagem político.”
O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) também pediu que o bom senso prevaleça: “Não se pode ignorar o estado de saúde de Bolsonaro. O país precisa caminhar para a pacificação, e isso só é possível quando as instituições demonstram equilíbrio e humanidade. O povo brasileiro enxerga essa desproporção e se preocupa com isso.”
Para o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) “o que estamos vendo é mais um capítulo dessa perseguição judicial que o Brasil infelizmente testemunha. E, acima de qualquer disputa jurídica, este é um momento que exige humanidade. Bolsonaro é um homem com comorbidades, idade avançada e histórico de internações graves — já esteve entre a vida e a morte mais de uma vez. Ignorar esses fatos não apenas agrava tensões desnecessárias, como fere profundamente o sentimento de justiça de milhões de brasileiros que esperam equilíbrio, serenidade e respeito à dignidade humana.”
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