‘À turminha dos direitos humanos: não encham o meu saco’, diz Castro, sobre reação a ataque contra DP
Governador promete resposta 'dura' contra grupo que metralhou delegacia na Baixada

A Polícia Civil do Rio realiza uma operação para prender os criminosos envolvidos no ataque contra 60ª DP (Campos Elíseos), em Duque de Caxias. Até o começo da tarde deste domingo, 16, quatro pessoas foram presas e uma morreu na ação nas comunidades Vai Quem Quer, Rua 7, Santa Lúcia e Rodrigues Alves, localizadas na cidade da Baixada Fluminense. O governador Cláudio Castro (PL), que vem enfrentando um momento crítico na segurança do estado, disse em uma rede social que “a resposta será dura e na mesma proporção”, ao se referir ao caso da unidade metralhada. “A ousadia dos criminosos ao atacar uma delegacia de polícia não vai ficar por isso mesmo. Já identificamos todos eles e vamos pegá-los de qualquer jeito”, escreveu o governador em uma postagem nesta tarde.
Ele, sem seguida, acrescenta: “E já vou avisando à turminha ‘dos direitos humanos’, não encham o meu saco”, disparou o governador do PL, antes de completar com a promessa de resposta “dura”.
Segundo a polícia, o bando que atacou a DP com fuzis queria resgatar dois presos: Rodolfo Manhães Viana, o Rato, que seria o chefe do tráfico de drogas da comunidade Vai Quem Quer, e o seu braço direito, Wesley de Souza do Espírito Santo. Os dois, no entanto, não estavam mais no local. Na operação que começou na madrugada de hoje, foram apreendidas uma granada e drogas, e, segundo a polícia, a pessoa morta era integrante de grupo criminoso.
A 60ª DP está com a segurança reforçada, e a Polícia Civil informou que solicita a transferência da dupla de traficantes para presídios federais. Os dois já tinham sido levados para a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, quando o grupo armado chegou num comboio e abriu fogo contra a delegacia.
A Polícia Civil informou que, no início da noite de ontem, sob o comando de Joab da Conceição Silva, “narcoterroristas entraram na delegacia na tentativa de resgatar os comparsas, que já haviam sido transferidos para a sede da Divisão de Capturas e Polícia Interestadual (DC-Polinter), na Cidade da Polícia”. Houve intensa troca de tiros, e dois agentes ficaram feridos, mas sem gravidade. A entrada da delegacia foi destruída. De acordo com a corporação Rato e Wesley foram presos na tarde de sábado e estavam armados com um fuzil.