Acabou a farra: Lava Jato chega a Eike Batista
As histórias de megalomania e ambição que uniram o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-bilionário Eike Batista — um preso e o outro foragido
Reportagem de VEJA desta semana mostra como o longo braço da Lava Jato chegou a Eike Batista, o megaempreendedor caído em desgraça que, nos anos em que comandou um conglomerado bilionário, foi unha e carne com o governo, fosse qual fosse. Quando a PF bateu na sua porta na quinta-feira, já não estava no país – a suspeita é que queira ganhar tempo para negociar algum alívio em troca de uma delação-bomba. Embora tenha demorado a cair na rede das investigações, terá muito a contar sobre sua íntima ligação com os poderosos. Em maio, ele foi a Curitiba revelar voluntariamente – em nome do “espírito democrático” – que, atendendo a pedido do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, repassara para o PT 5 milhões de reais. Apostava que a boa vontade lhe renderia simpatias no Ministério Público. Após a prisão de Sérgio Cabral (PMDB), foi convocado a esclarecer como 1 milhão de reais seus tinha ido parar no escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador. Esmerou-se em explicações e foi embora achando que tinha se saído muito bem. Não tinha. Os argumentos foram conferidos e constatou-se que eram falsos. A descoberta dos 16,5 milhões de dólares nas contas secretas de Cabral fechou o cerco. Enquanto o reino de fantasia durou, Eike esbanjou luxo e riqueza, obteve empréstimos bilionários de bancos estatais e conquistou trânsito livre nos bastidores do poder. Era enaltecido como o símbolo do Brasil que avançava para uma nova era — e adorava isso. Hoje é sombra do que foi. E vamos esquecer que um dia alguém disse que ele era a cara do Brasil que dá certo.
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