Mais de 2,6 mil pessoas em todo o país foram presas durante a Operação Cronos, deflagrada nesta sexta-feira (24) para combater homicídios e feminicídios. No total, 2.627 pessoas foram presas, e 341 adolescentes, apreendidos. A ação aconteceu de forma integrada entre o Ministério da Segurança Pública e o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil.
De acordo com o conselho, 42 pessoas foram presas por feminicídio, 404 por homicídio, 289 por crimes relacionados à Lei Maria da Penha, e 640 foram autuados em flagrante por posse ou porte irregular de arma de fogo, tráfico de drogas e outros crimes. Outras 1.252 pessoas foram detidas em decorrência de mandados de prisão expedidos por outros crimes.
Foram também apreendidas 146 armas de fogo e aproximadamente 383 kg de entorpecentes, como maconha, cocaína e crack. Mais de 7,8 mil policiais civis em todos os 26 estados e no DF participaram das ações.
A Operação Cronos foi definida em maio pelo Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil. Em nota, o presidente da entidade, delegado Emerson Wendt, disse que esse é o trabalho prioritário das polícias civis. Ele defende a importância operacional da investigação criminal e o quanto ela pode ser efetiva no combate à criminalidade.
Sistema Único de Segurança Pública
Para o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a operação integrada é um exemplo de como funcionará o Sistema Único de Segurança Pública, em vigor desde junho, após a sanção da Lei nº 13.675/2018. “O que nos importa é a proteção e a garantia da vida, sobretudo combater o feminicídio, esse crime covarde e inaceitável. Todos são, mas alguns são mais graves e repulsivos, sobretudo contra mulheres”, afirmou Jungmann, também em nota.
Cronos é o grande deus do tempo na mitologia grega. O nome da operação está relacionado com a redução do tempo de vida da vítima de homicídio ou feminicídio. Além disso, com a prisão do criminoso, também lhe é retirado tempo para a prática de novos delitos.