Autoridades do Paraguai expulsaram do país nesta quarta-feira a advogada Marcela Antunes Fortuna, de 36 anos, descrita por investigações no Brasil como uma das integrantes do núcleo jurídico do Primeiro Comando da Capital (PCC), a “Sintonia dos Gravatas”. O Ministério do Interior também expulsou o marido dela, Fernando Alves Oliveira, de 36 anos. Eles haviam sido detidos um dia antes por policiais que buscavam suspeitos de participarem do assalto à transportadora de valores Prosegur, de onde um bando vinculado ao PCC levou 11,7 milhões de dólares.
Ambos foram entregues à Polícia Federal em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com Ciudad del Este. Segundo o Ministério do Interior, Marcela prestava assessoria jurídica aos integrantes da facção no Paraguai e também administrava bens do PCC. Ela é suspeita de planejar e ajudar e encobrir o mega-assalto. Segundo a polícia paraguaia, Oliveira possui antecedentes criminais. O casal estava escondido em um apartamento no edifício Panorama II, região central de Ciudad del Este. Eles foram capturados num arrombamento.
Os fiscais do Ministério Público paraguaio Denise Duarte e Marcelo Saldívar entenderam que os suspeitos deveriam ser expulsos do território paraguaio por violação de leis migratórias e porque a advogada era considerada foragida da Justiça brasileira desde o ano passado. O Tribunal de Justiça de São Paulo tinha uma ordem de prisão preventiva desde dezembro, depois que a Operação Ethos desbaratou o núcleo de advogados do PCC.