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Alunos têm melhor desempenho quando professor trabalha em uma única escola

Percentual de docentes com dois ou mais empregos no Brasil é maior do que a média global, aponta estudo

Por Ludmilla de Lima Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 jul 2025, 15h01

Estudantes brasileiros apresentam melhores resultados quando matriculados em escolas em que mais de 80% dos professores possuem contrato em tempo integral. Estudo mostra que esses alunos têm um ganho de dez pontos em matemática, depois de considerado o perfil socioeconômico dos jovens e das unidades de ensino. A relação se baseia no último PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) e faz parte do relatório “Perspectivas internacionais para o fortalecimento dos Anos Finais do Ensino Fundamental: diálogos com foco em políticas para o Brasil”, organizado pelo Itaú Social em parceria com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

A pesquisa revela que 20% dos professores brasileiros dos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano) trabalham em duas ou mais escolas. Já a média global é de apenas 5%. “Cada escola e turma de alunos apresentam dinâmicas e culturas próprias. Portanto, quando um professor dedica tempo exclusivo a uma unidade, tem melhores condições para construir relações positivas com os estudantes, suas famílias e o território, contribuindo para o desenvolvimento de uma comunidade escolar mais coesa”, analisa a superintendente do Itaú Social, Patricia Mota Guedes.

Há disparidade também no tempo dedicado à sala de aula pelos docentes: no Brasil, ele é de 67%, enquanto nos países da OCDE essa carga horária é de 46%. O estudo explica que a realização de avaliações e a manutenção da disciplina dos alunos estão entre os principais fatores de estresse. Na realidade dos professores brasileiros, sobre pouco tempo para formação, planejamento e fortalecimento entre escola e comunidade. “A defesa pela escola em tempo integral para o aluno precisa vir acompanhada do tempo integral para o professor também”, destaca Patricia.

Há exemplos positivos de políticas destinadas ao equilíbrio entre vida pessoal e profissional nas escolas. O relatório cita experiências na Inglaterra e Colômbia. No Brasil, o Ministério da Educação lançou no ano passado o programa “Escolas das Adolescências”, voltado aos anos finais do fundamental. A iniciativa inclui ampliação das formações docentes, indicação de professores referência para a transição do 5º para o 6º ano e incentivo à integração entre turmas.

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