A Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, recebeu nesta quinta, 30, uma amostra do coronavírus, que será usada para determinar se os resultados dos exames analisados são positivos ou negativos. De acordo com a Fiocruz, o fragmento, trazido pela Organização Panamericana de Saúde, não é capaz de infectar quem tiver contato com ele.
O anúncio foi feito após reunião entre membros da instituição com representantes do Ministério da Saúde, entre eles, o secretário-executivo, João Gabbardo dos Reis, e o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Oliveira.
A partir de segunda-feira, 3, será montada uma sala de situação para analisar semanalmente os casos identificados de coronavírus. Além da Fiocruz, secretarias municipais, estaduais e o Ministério da Saúde participarão das reuniões.
Até o momento, a Fiocruz está concentrando a análise das amostras de casos suspeitos de todo o país no laboratório. A fundação tem promovido treinamento para profissionais do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, e do Instituto Evandro Chagas, do Pará. Em um segundo momento, profissionais do Brasil inteiro serão treinados para poderem realizar os exames.
Desde que casos de coronavírus começaram a surgir no mundo, brasileiros se preocupam com a possibilidade de a doença chegar ao Brasil. Mas, segundo Rivaldo Venâncio, coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, apesar do temor, esse tipo de vírus se prolifera com mais facilidade em temperaturas frias, como a que países que já tiveram pacientes infectados enfrentam. “É mais difícil que o vírus se prolifere no verão, então o risco de haver casos no Carnaval é mais baixo”, disse Venâncio.