Anac diz que balonismo é atividade de risco e verificará se piloto tinha aval para operar
Segundo agência, aeronaves registradas para a prática de aerodesporto não são certificadas e não têm aeronavegabilidade

Diante da tragédia envolvendo um balão de ar que levou à morte de 8 pessoas em Santa Catarina, a Agência Nacional de Aviação Civil disse, em nota, que o balonismo é uma atividade aerodesportiva considerada de alto risco. Afirmou ainda que está verificando a situação do balão e se o piloto tinha autorização para operar.
“A Agência está adotando as providências necessárias para averiguação da situação da aeronave e da tripulação e acompanha os desdobramentos das investigações. Cabe esclarecer que é permitido o balonismo como atividade aerodesportiva (RBAC nº 103). Nesse caso, trata-se de atividade considerada de alto risco que ocorre, devido à sua natureza e características, por conta e risco dos envolvidos”, explica a agência.
A nota destaca que as aeronaves registradas para a prática de aerodesporto não são certificadas, o que não dá a elas garantia de aeronavegabilidade. “Também não existe uma habilitação técnica emitida para a prática, e as habilidades e os conhecimentos de cada praticante são diferenciados. Nesses casos, cabe ao desportista a responsabilidade pela segurança da operação”.
A Anac esclarece ainda que operadores que ponham terceiros em risco podem ser penalizados pelo Decreto-Lei de Contravenções Penais e pelo Código Penal.
Quem são as vítimas da tragédia?
O médico oftalmologista Andrei de Melo, o bancário Fabio Izycki, a engenheira agronôma Juliane Sawicki, o patinador artístico Leandro Luzzi, a médica Leise Hermann, Leane Hermann, Everaldo da Rocha e Janaina Moreira foram as vítimas fatais da tragédia.
De acordo com a lista divulgada pela polícia, além do piloto Elvis de Bem Crescêncio, Claudia Abreu, Fernando da Silva Veronezi,
Laís Campos Paes, Leciane Herrmann Parizotto, Leonardo Soares Rocha, Luana da Rocha, Marcel Cunha Batista, Rodrigo de Abreu,
Sabrina Patrício de Souza, Tassiane Francine Alvarenga, Thayse Elaine Broedbeck Batista e Victor Hugo Mondini Correa também sobreviveram.