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Após confrontos, PMs fazem operação na Rocinha

O fogo cruzado começou com uma disputa territorial de pontos de droga. Segundo informações da Polícia Militar, o tiroteio deixou um morto e três feridos

Por Da Redação
18 set 2017, 12h35

Um dia após o intenso tiroteio entre traficantes que atingiu a Favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, neste domingo, 17, policiais militares e civis resolveram fazer uma operação no local. A operação começou por volta das 5h desta segunda-feira, 18. Até as 10h40, apenas uma pessoa havia sido presa.

Segundo a Polícia Militar, o suspeito foi preso durante a incursão de equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) na favela. Houve confronto, um suspeito foi atingido e levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, também na zona sul. Ainda de acordo com a PM, uma pistola calibre 9 mm foi apreendida.

A operação envolve Unidades do Comando de Operações Especiais (COE), como o Bope e o Batalhão de Choque. De acordo com a polícia, o objetivo da ação é identificar e prender os criminosos envolvidos na disputa pelo tráfico de drogas local. Segundo o órgão, “após a entrada da Polícia Militar e estabilização do terreno, agentes da Polícia Civil irão cumprir mandados de prisão na Rocinha”.

Apesar de ainda não terem sido divulgados resultados efetivos desta operação, o clima na comunidade é tenso. As escolas, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Clínica da Família estão fechadas.

No confronto deste domingo, pelo menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas, mas há relatos nas redes sociais que o número de vítimas foi maior. O tiroteio durou pelo menos cinco horas.

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O confronto foi causado por uma disputa entre traficantes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), que se desentenderam. Tudo começou quando o atual chefe do tráfico de drogas do morro, Rogério 157, teria se desentendido com o seu antecessor, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, que está preso desde 2011.

Assista à intensa troca de tiros deste domingo:

Nem estaria insatisfeito com o comando de Rogério 157. A relação pode ter piorado depois da união da ADA com a facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC). Nem teria tentado expulsar Rogério do morro, por ordens dadas da prisão, e este por sua vez teria expulsado aliados de seu antecessor. A gota d’água foi quando Rogério mandou expulsar Danúbia de Souza Rangel, mulher de Nem, do morro.

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Por causa disso, aliados de Nem da ADA, incluindo de outros morros, teriam mobilizado a invasão da Rocinha. Este foi o maior confronto desde que a favela passou a contar com uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), em 20 de setembro de 2012.

 

(Com Estadão Conteúdo)

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