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Arcebispo de São Paulo critica ato religioso com Lula em sindicato

Dom Odilo Scherer divulgou nota para evitar qualquer vinculação do evento com a Igreja Católica; Suplicy respondeu: 'Pareceu censura'

Por Da Redação Atualizado em 9 abr 2018, 15h23 - Publicado em 9 abr 2018, 11h01
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  • O cardeal dom Odilo Pedro Scherer criticou o uso político do ato religioso em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, realizado no sábado (7), em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, em São Bernardo do Campo. Nas redes sociais, o arcebispo de São Paulo lamentou a “instrumentalização política” da cerimônia, convocada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Lava Jato, antes de se entregar à Polícia Federal.

    O religioso divulgou uma nota para deixar claro que a Arquidiocese de São Paulo e a  Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não tiveram qualquer participação no ato ecumênico comandado por dom Angélico Bernardino, bispo emérito da arquidiocese de Blumenau. A cerimônia religiosa contou também com a participação de pastores evangélicos. A Arquidiocese  de São Paulo informou que se tratava de uma “iniciativa pessoal de quem promoveu o ato”.

    Na cerimônia, Lula fez seu derradeiro discurso antes da prisão. “Vocês, de agora em diante, não se chamam Chiquinha ou Pedrinho, vocês todos são Lula e vão andar pelo país fazendo o que precisa ser feito”, disse o ex-presidente na ocasião.

    O vereador Eduardo Suplicy respondeu às críticas de dom Odilo Scherer. “Seu comentário pareceu de censura no momento em que a palavra de Deus busca consolar e dar esperança às pessoas diante de uma injustiça”, escreveu. 

    João Doria e o cardeal Dom Odilo Scherer
    Doria e dom Odilo Scherer durante apresentação da farinata – 18/10/2017 (Ballarini/SECOM/Divulgação)
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    Por outro lado

    Em outubro de 2017, dom Odilo Scherer apoiou a iniciativa do então prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), de anunciar um composto alimentar feito com comida prestes a ser jogada no lixo — a chamada farinata e que acabou mais conhecida como “ração humana”.

    Com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, colada num pote de farinata, Doria disse que aquele era um “alimento abençoado” e que ele seria servido nas escolas. O projeto, porém, não seguiu adiante após críticas e dúvidas a respeito de sua eficácia nutricional.

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