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Assassinatos, fugas e prisões – confira cronologia do caso Battisti

O ex-militante italiano Cesare Battisti é preso na Bolívia após anos da condenação por causa de quatro assassinatos; entenda a história

Por Giovanna Romano Atualizado em 13 jan 2019, 16h30 - Publicado em 13 jan 2019, 16h06
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  • O italiano Cesare Battisti foi preso neste sábado em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, 26 anos após ser condenado à prisão perpétua. Foragido desde dezembro, ele é acusado de cometer quatro assassinatos nos anos 1970.

    Na época, Battisti integrava a organização Proletários Armados Pelo Comunismo. O italiano nega os crimes e se diz vítima de perseguição política.

    A cronologia dos fatos:

    1954: Cesare Battisti nasceu na Itália

    1977: Preso pela terceira vez no país, na prisão, conheceu o ideólogo dos Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e se aproximou da militância comunista

    1979: Quatro assassinatos foram atribuídos ao PAC. O italiano foi acusado de envolvimento em pelo menos dois deles e é condenado a doze anos de prisão

    1981: Battisti consegue fugir da prisão e se refugia clandestinamente na França, onde conheceu uma de suas futuras esposas

    1982: O italiano foge para o México

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    1985: O então presidente francês François Mitterand indicou que “pessoas envolvidas em atividades terroristas na Itália até 1981 e que tivessem abandonado a violência” poderiam optar pela não-extradição para a Itália, caso não praticassem mais crimes

    1990: Battisti retorna então à França

    1991: O italiano é preso após um pedido de extradição da Itália, mas é solto quatro meses depois pela Câmara de Acusação de Paris, que negou o pedido

    1993: Ele é condenado à prisão perpétua pela corte de Milão por quatro crimes que aconteceram na década de 70

    2004: Battisti foge novamente, desta vez para o Brasil, após a França conceder a sua extradição

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    2007: Battisti é preso no Rio de Janeiro

    2009: O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, é favorável à concessão do status de refugiado político a Battisti. No final do mesmo ano o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou ilegal o status de refugiado e permitiu a extradição do italiano

    2010: No último dia de mandato como presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva nega a extradição de Battisti

    2011: O STF decidiu soltar Battisti, preso desde março de 2007. O ex-militante começa a escrever diversas obras

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    2015: O italiano é preso em Embu das Artes, em São Paulo, onde morava com a mulher a filha. Ele foi solto sete horas depois após permanecer na carceragem da Superintendência da Polícia Federal de São Paulo

    2017: Ele é preso pela Polícia Rodoviária Federal em Corumbá tentando atravessar a fronteira do Brasil com a Bolívia. A Justiça decide soltar Cesare Battisti, após o governo italiano pedir para o Brasil reconsiderar a decisão de não extraditá-lo

    2018: O presidenteMichel Temer(MDB) assinou  um decreto de extradição para a Itália do ex-ativista italiano.Ele foi considerado foragido e, segundo a Polícia Federal, “ele está em um lugar incerto e não sabido”.  A PF fez mais de 32 operações para checar as informações do paradeiro do italiano.

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    2019: Battisti é preso na Bolívia

    Cesare Battisti desembarca no hangar da PF em Brasilia
    O ex-ativista de extrema esquerda italiano Cesare Battisti, 52, é escoltado por policiais da Polícia Federal ao chegar em Brasília (DF). Battisti foi um dos chefes da organização de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo. Os assassinatos pelos quais foi condenado ocorreram em 1978 e 1979. Ele foi preso no Rio de Janeiro, onde estava desde 2004 – 19/03/2007 (Lula Marques/Folhapress)
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