Ex-assessor do deputado Flávio Bolsonaro, o policial militar Fabrício José Carlos de Queiroz foi obrigado, em 2012, a devolver à Assembleia Legislativa do Rio 16.800 reais que havia recebido de forma irregular. Ele também foi punido com pena de repreensão.
A quantia havia sido recebida como bolsa de reforço escolar para Nathalia Melo Queiroz, filha do PM. Ela, porém, exercia cargo comissionado na liderança do PP, o que, pelas normas da Alerj, impedia que fosse considerada dependente de seu pai. Na época, Flávio Bolsonaro era filiado ao PP.
Um processo disciplinar foi aberto contra Queiroz em 2011. Condenado, ele devolveu o dinheiro em 36 parcelas a partir de junho do ano seguinte. Exonerado em outubro de 2018, o PM começara a trabalhar na Alerj em 2007, quando foi requisitado pelo gabinete de Flávio Bolsonaro. Em 2003, o parlamentar fizera uma moção de louvor ao policial, que segundo ele, desenvolvia seu trabalho com “dedicação, brilhantismo e galhardia”.
Relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras ) divulgado nesta semana apontou que Queiroz movimentou 1,2 milhão de reais em sua conta corrente, quantia considerada incompatível com seus vencimentos. A movimentação inclui um cheque de 24.000 reais emitido para a Michelle Bolsonaro, mulher de Jair Bolsonaro, presidente eleito e pai de Flávio.