Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Ator de ‘Cidade de Deus’ já estava preso quando filme foi lançado

Ivan da Silva Martins, acusado de matar PM, realizou assalto à mão armada assim que produção terminou de ser rodada; ficha policial tem mais quatro crimes

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h23 - Publicado em 26 jul 2017, 13h58

Um dos jovens que interpretaram integrantes do bando de Zé Pequeno no filme Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles, o ex-ator Ivan da Silva Martins, de 34 anos, incorporou o papel de criminoso à vida real. Quinze anos após participar do sucesso da história da ascensão do tráfico na comunidade pobre da zona oeste, ele é um foragido da polícia. Tem cinco passagens criminais e deixou de ser conhecido como Ivanzinho, apelido que tinha na época das filmagens. Tornou-se Ivan, o Terrível, alcunha que consta de sua ficha policial.

A primeira anotação no prontuário de Martins foi um roubo de automóvel na Barra da Tijuca, na zona oeste, com arma de fogo. O crime foi cometido no mesmo mês em que o filme terminou de ser rodado, em agosto de 2001. Ele cumpriu pena pelo delito, mas foi preso novamente por roubar uma joalheria. Depois, foi fichado por “ameaça” e, pelo crime mais recente, formação de quadrilha ou bando, em 2014. Ainda está foragido por causa dessa acusação. Há ainda uma quinta acusação de roubo.

Agora, ele é procurado pela polícia do Rio de Janeiro como um dos suspeitos de assassinar o sargento Hudson Silva de Araújo, 46 anos, no último domingo, no Morro do Vidigal, em uma emboscada feita por traficantes. Ele é apontado por policiais como o chefe do tráfico de drogas na comunidade.

No documentário Cidade de Deus – 10 Anos Depois (2013), do diretor Cavi Borges, Martins revelou que estava preso quando o filme foi lançado, em 2002. “Eu saí da cadeia um dia antes do meu aniversário, e a primeira coisa que eu fiz foi reunir a minha família e assistir ao filme porque eu não tinha assistido”, disse.

Martins também se queixa, no documentário, do legado de Cidade de Deus na sua vida. “Me perguntaram por que estou nessa vida. Estou porque estou na luta, porque preciso de dinheiro, porque o filme não me deu esse dinheiro todo. Tudo isso aí não me valeu de nada, porque não adianta fazer um filme que é conhecido mundialmente e estar duro”, afirmou, em seu depoimento no filme.

Continua após a publicidade

Borges disse que, em 2000, durante as filmagens de Cidade de Deus, já se sabia que Martins era “problemático”, mas lamentou o seu destino. “Todos os atores do filme tiveram uma oportunidade de melhorar de vida, mas poucos conseguiram se apoiar nela”, lamentou. “Às vezes, a estrutura familiar e a falta de dinheiro também contribuem para isso. Mas vários seguiram caminho do bem. Ivan acabou indo para o caminho do mal.”

Em entrevista ao jornal O Globo, o diretor de Cidade de Deus, Fernando Meirelles, disse que ficou “chateado” ao ler as notícias sobre Martins e que o ator foi selecionado e participou das filmagens porque sabia interpretar. Além disso, afirmou que ficou sabendo, na época do fim das filmagens, que Ivan havia participado do roubo a um veículo.

“Durante o processo deu tudo certo, ele ia aos ensaios, nunca criou problemas e sabia interpretar”, afirmou o diretor ao jornal. “Torcia para que todos achassem um caminho na vida. Depois perdi o contato”, contou.

Continua após a publicidade

(Com Estadão Conteúdo)

Publicidade

Imagem do bloco
Continua após publicidade

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.