Bolsonaro ataca filme sobre história de Suzane Von Hichthofen
Pré-candidato à Presidência diz que há "total inversão de valores"; obra para o cinema contará a motivação de Suzane para ajudar a matar os pais em 2002
O deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência pelo PSL e líder das pesquisas eleitorais, criticou neste sábado o filme “A Menina que Matou os Pais“, que vai contar a história de Suzane Von Richthofen e dos irmãos Cravinhos, condenados pelo assassinato, em 2002, de Manfred e Marísia, pais de Suzane, em São Paulo.
Em sua conta no Twitter, Bolsonaro retuítou uma notícia sobre a produção do filme, na qual está destacada a seguinte frase do diretor da obra, Maurício Eça: “Muita gente tem ideias pré-concebidas, mas as pessoas não sabem o motivo que levou a filha a matar os pais”. O deputado escreveu: “Inversão total de valores no Brasil.”
O início da produção do filme foi anunciado na semana que passou pela Galeria Distribuição e causou críticas nas redes sociais. Segundo o diretor, a obra será um thriller psicológico. Ele afirmou por ocasião do anúncio: “O filme traz um tema que muita gente conhece e (sobre o qual) tem ideias pré-concebidas, mas as pessoas não sabem o mais importante, que é o motivo que levou a filha e seu namorado a matarem seus pais. Por isso, esse projeto parte de um grande desafio que é entender um pouco a mente de cada um dos dois assassinos.”
O filme ainda não tem elenco definido nem previsão para a data de lançamento. Suzane foi condenada a 39 anos de prisão e cumpre pena em regime semiaberto, na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.