Buscas seguem em Brumadinho após indícios de que refeitório foi localizado
Na última parcial, divulgada na noite da segunda-feira, os Bombeiros contabilizaram 65 mortos e 279 desaparecidos
Por Da Redação
Atualizado em 29 jan 2019, 06h35 - Publicado em 29 jan 2019, 05h58
Quatro dias após o rompimento da barragem da mineradora Vale na cidade de Brumadinho (MG), as equipes que trabalham no local acreditam ter alcançado o refeitório que era ocupado por diversos funcionários da companhia no momento do acidente. Nesta terça-feira 29, os bombeiros, reforçados por militares do Exército Israelense, seguem as buscas e é provável que o número de mortos aumente na próxima parcial, que deve ser divulgada pela manhã.
Em entrevista a jornalistas na noite da segunda-feira, o tenente Pedro Ahiara, porta-voz dos bombeiros, declarou que foram encontrados móveis que possivelmente pertenciam ao refeitório, a cerca de 800 metros de onde o prédio se localizava originalmente. A equipe acredita que a estrutura tenha se movido com a força da lama.
Ainda segundo Aahiara, alguns corpos, ainda não identificados, foram localizados próximos aos móveis. A área onde o mobiliário foi encontrado é um dos principais pontos de busca da operação.
Também nesta segunda-feira, a Vale anunciou quatro medidas para amenizar os impactos da tragédia, incluindo a doação de 100 mil reais para cada família dos mortos. Outra medida anunciada foi a implementação de uma cortina de contenção no rio Paraopeba – bastante atingido pela lama que vazou da barragem – para garantir a captação de água no município de Pará de Minas, em Minas Gerais. A companhia também informou que vai manter o pagamento de impostos para Brumadinho.
A tragédia em Minas Gerais é o pior desastre em uma barragem em todo o mundo na última década, segundo apontou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira, em um comunicado para apontar para a necessidade de reforço global nas medidas de segurança quando o assunto é mineração.
“Esse é o pior desastre em uma barragem na década”, declarou a entidade, que monitora os acidentes de trabalho registrados em todo o mundo. Sua avaliação leva em conta o número potencial de vítimas mortais no Brasil.
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(Com EFE)
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