Numa estratégia para acelerar o processo de regularização da CoronaVac, o Butantan anunciou nesta segunda-feira, dia 23, que vai tentar registrar o imunizante “paralelamente” na agência de vigilância sanitária da China, país de origem do laboratório Sinovac, que desenvolve o produto em parceria com o instituto paulista.
O Butantan também vai tentar a regularização pelo meio tradicional, que é enviar o dossiê da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e esperar a sua validação. Mas, caso haja algum empecilho pela agência brasileira, a ideia é ter o aval do órgão chinês como uma espécie de “carta na mão”.
“Vamos esperar a análise das duas ‘Anvisas’ – a brasileira e a chinesa. Pode ser que uma seja mais rápida que a outra”, afirmou o diretor presidente do Butantan, Dimas Covas.
O coordenador do comitê executivo de Saúde do governo de São Paulo, João Gabbardo, disse que, se a CoronaVac obter o registro chinês, a Anvisa não precisa “repetir” os procedimentos de regularização porque as duas agências são “compatíveis” entre si. “Isso pode ser inteligente para acelerar o tempo tão necessário de termos uma vacina”, disse Gabbardo.
O Instituto Butantan também divulgou que os dados de eficácia da terceira e última fase da vacina sairão na primeira semana de dezembro.