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Caos e brigas tomam conta de Copacabana, em clima de Libertadores

Torcedores de Fluminense e Boca Juniors se aglomeram nas ruas do bairro; forças de segurança não têm conseguido conter confusões

Por Lucas Mathias Atualizado em 3 nov 2023, 15h05 - Publicado em 3 nov 2023, 14h54

Acostumado a receber turistas brasileiros e estrangeiros ao longo do ano, o bairro de Copacabana, na Zona Sul do Rio, é palco de repetidos conflitos desde o início da semana, quando começaram a chegar na cidade torcedores argentinos. No Maracanã, neste sábado, 4, acontece a final da Copa Libertadores, às 17h, entre Fluminense e Boca Juniors, da Argentina. Ao menos desde a última terça-feira, e mais intensamente a partir desta quarta-feira, foram registradas dezenas de brigas nas ruas entre torcedores tricolores e do clube de Buenos Aires, em meio a uma tentativa frustrada da polícia em conter a confusão, que promete escalar até o início da partida, com a chegada de mais pessoas. 

Tomada pelo clima da final, basta andar dez metros nas ruas de Copacabana para avistar torcedores de Boca Juniors ou Fluminense, vestidos com a camisa de seu clube, apesar de o bairro ficar a quase dez quilômetros do Maracanã. O clima do jogo é ainda maior nos bares e na praia, onde a Conmebol, entidade que organiza a Libertadores, montou um grande evento voltado para a final, com barracas de comida e ativações. De um lado, tricolores se acumulam em filas para conhecer o espaço, enquanto de outro argentinos se aglomeram na areia, com instrumentos e cantando músicas, sob o olhar de agentes de segurança.  

Até o momento, porém, a polícia não tem conseguido impedir que a festa termine em problema. Nas redes sociais, circulam inúmeros vídeos de brigas entre torcedores de Fluminense e Boca Juniors, com troca de socos e pontapés. Em outros, é possível ver tricolores atacando argentinos que caminham sozinhos nas ruas. Há imagens que mostram, inclusive, arrastões e corre-corre na areia da Praia de Copacabana, onde se juntavam torcedores do Boca Juniors. A confusão tomou tamanha proporção que a Conmebol chegou a avaliar a possibilidade de realizar o jogo sem público, de portões fechados. Segundo o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, em entrevista ao SporTV, porém, a possibilidade está descartada. Foi convocada uma reunião de última hora nesta sexta pela entidade, com a confederação e representantes de ambos os clubes. 

A tendência, no entanto, é que o cenário piore. Maior torcida organizada do Fluminense, a Young Flu se reúne nas ruas da cidade nesta sexta, e relatos nas redes sociais já projetam confronto com a La 12, torcida do clube argentino que chegou há poucas horas no Rio. Desde o início da semana, o prefeito Eduardo Paes tem anunciado uma série de medidas logísticas, de modo a conter o caos na cidade, que recebe também neste fim de semana outros grandes eventos, como o show do Red Hot Chilli Peppers, além da realização do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Por determinação da Prefeitura, não haverá comercialização de bebidas no entorno do Maracanã no dia do jogo. Foi organizado um evento para a torcida do Fluminense no Centro, enquanto os torcedores argentinos serão alocados no Sambódromo. Na quarta-feira, o governo do Rio também havia anunciado esquema especial com mais de 7 mil agentes de plantão, após reunião com as forças de segurança do estado. Até o momento, no entanto, isso não tem sido suficiente para conter os episódios de violência.

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