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Carne Fraca: Brasil suspende exportação de carne de 21 empresas

A venda dos produtos fabricados por essas empresas investigadas na Operação Carne Fraca continua liberada para o consumidor brasileiro

Por Da redação
Atualizado em 4 jun 2024, 18h33 - Publicado em 20 mar 2017, 19h37

O Brasil suspendeu a exportação de carne das 21 empresas investigadas na Operação Carne Fraca, que investiga um esquema de corrupção envolvendo fiscais agropecuários e frigoríficos. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que não serão mais emitidos certificados de exportação para essas empresas.

No entanto, a venda dos produtos fabricados por essas 21 empresas continuará liberada para o consumidor brasileiro. Maggi disse que essas companhias estão sob um regime especial de fiscalização.

“Não há qualquer preocupação. O que aconteceu foi um desvio de pessoas, que já foram afastadas. Espero que as demais estejam trabalhando dentro da lisura e ética que convém.”

O ministro afirmou que o consumidor brasileiro pode continuar comprando suas carnes com tranquilidade, pois confia na qualidade do produto.

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“A garantia é que nosso sistema é forte, mas está sob suspeição.  Não posso acabar com uma cadeia produtiva inteira por suspeição. Se olhar por que estão sob suspeita, ninguém será por adulteração de produto, não é sobre qualidade. São problemas de relacionamento de fiscais com frigoríficos. A suspeição não é sobre a qualidade”, disse.

Ele voltou a ressaltar a importância do setor de produção de carnes, lembrando que emprega 6 milhões de pessoas e exporta 14 bilhões de dólares por ano.

Maggi afirmou que o governo está trabalhando para que as restrições fiquem restritas às 21 empresas que estão sob suspeita. Dessa forma, eventuais restrições à carne brasileira não atingiriam toda a cadeia produtiva. Ele lembrou que das 21 empresas, apenas quatro exportam para a União Europeia.

No mercado interno, três fábricas foram interditadas: a da BRF localizada em Mineiros (GO) e as da Peccin Agro Industrial em Jaraguá do Sul (SC) e Curitiba. As demais passarão por auditoria nas próximas três semanas.

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Segundo ele, a carne alvo da investigação já deve ter sido consumida, uma vez que a operação da Polícia Federa tem mais de dois anos. De qualquer forma, o ministério está coletando amostrar de carnes nos mercados, e, caso encontre problemas, irá recomendar a retirada das mercadorias de circulação.

Maggi afirma que a BRF já está retirando por conta própria lotes com o selo de inspeção “SIF 1010” de circulação.

“Fizemos a exoneração dos dois superintendentes e vamos intervir sim, se necessário”, afirmou ele sobre superintendências regionais.

(Com agência Reuters)

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