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Cedae é multada em R$ 100 mil por não entregar relatório sobre geosmina

Companhia de Águas e Esgotos do Rio foi autuada por não divulgar dados sobre concentração da bactéria, que altera gosto e cheiro da água

Por Jana Sampaio Atualizado em 5 fev 2020, 14h44 - Publicado em 5 fev 2020, 12h44

Mais de um mês depois de as primeiras queixas sobre o gosto e cheiro da água serem registradas, a Presidência da Agência Reguladora de de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro multou a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio em R$ 100 mil por não divulgar relatórios com dados sobre a concentração de geosmina. A bactéria é apontada pela Cedae e por especialistas como a responsável por deixar na água sabor e odor que oscilam entre areia e terra. Apesar de não fazer mal à saúde, a geosmina se prolifera em ambientes altamente contaminados.

Segundo a Agenersa, a última avaliação divulgada pela estatal sobre dados em amostras de água coletadas na Estação de Tratamento de Água Guandu foi no dia 27 de janeiro. A Companhia tem até sexta, 7, para publicar os relatórios em seu site, com envio de cópias para a Agenersa. Em caso de novo descumprimento, a multa pode duplicar de valor.

A determinação da Agência foi encaminhada à Cedae por meio de ofício que estabeleceu a divulgação no site da Companhia de todos os relatórios sobre o padrão de potabilidade. Todas as informações devem ser claras, de fácil acesso à população e atualizadas diariamente, com o envio de cópia dos relatórios à agência reguladora.

Segundo a Agência, a medida visa a dar transparência às informações sobre a qualidade da água distribuída pela Cedae à população fluminense, que terá direito ainda de conhecer as estratégias de monitoramento que estão sendo utilizadas no sistema de distribuição para aferição dos parâmetros de qualidade da água da ETA Guandu.

Crise da água

Desde terça, 4, moradores de diversos bairros das zonas Norte e Oeste, além da Baixada Fluminense, reclamaram nas redes sociais sobre falta de água. O problema foi relatado no mesmo dia em que a Cedae retomou a produção de água na Estação de Tratamento de Guandu. As comportas ficaram 13 horas fechadas após análise laboratorial detectar a presença de detergente na água.

Segundo a Companhia, não houve distribuição de água com detergente para a população. O material foi arrastado pelas fortes chuvas registradas na Região Metropolitana desde a noite de domingo, 2.

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