170 pessoas são retiradas de casa em Nova Lima por risco de barragem ceder
Auditores atestaram para instabilidade da mina Mar Azul, da Vale, que fica em uma região conhecida como Macados; sirenes tocaram por volta das 20h20
Cerca de 170 pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na noite deste sábado, 16, por precaução com barragens B3 e B4, na mina Mar Azul, da Vale, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a decisão foi tomada após uma auditoria se negar a atestar a segurança da barragem que tem aproximadamente 3 milhões de m³ de rejeito. A estrutura é a montante, mesmo modelo das de Brumadinho e de Mariana.
Segundo os bombeiros, o plano de emergência prevê retirada de moradores de 49 casas. As edificações ficam no distrito de São Sebastião das Águas Claras, conhecido como Macacos, a 25 quilômetros de Belo Horizonte. Atualmente, a barragem está no nível 2, que determina a saída das pessoas. A sirene soou por volta das 20h20.
Em nota, a Vale informou que “a decisão é uma medida preventiva e se dá após a revisão dos dados dos relatórios de análise de empresas especializadas contratadas para assessorar a Vale. Cabe ressaltar que a estrutura está inativa e essa iniciativa tem caráter preventivo”. As pessoas que precisaram ser evacuadas serão acomodadas em hotéis da região.
Risco e tragédia
Na semana passada, 500 moradores da cidade mineira de Barão de Cocais, localizada a cerca de 80 quilômetros da capital Belo Horizonte, foram retiradas de suas casas. Segundo a a prefeitura, há risco que a barragem Sul Superior da mina Gongo Soco, operada pela Vale se rompa.
No dia 25 de janeiro, o rompimento da barragem da mineradora Vale, na Mina do Feijão, causou a morte de 166 pessoas. Segundo a Defesa Civil, 144 pessoas continuam desaparecidas.
Em novembro de 2016, o rompimento de uma barragem na mina do Fundão, em Mariana, deixou 19 mortos.