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Chefe do MP-RJ diz que morte de Marielle está ligada a milícias

Eduardo Gussem afirmou "não ter dúvidas" do envolvimento de milicianos; caso completa dez meses e está em investigação

Por Da Redação Atualizado em 14 jan 2019, 16h11 - Publicado em 14 jan 2019, 15h39
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  • A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ)
    A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), assassinada com o seu motorista Anderson Gomes no carro (Instagram/Reprodução)

    O procurador-geral de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, disse nesta segunda-feira,14, não ter dúvidas de que o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, está relacionado a grupos de milicianos. O caso completa hoje dez meses e segue em investigação sigilosa na Polícia Civil e no Ministério Público do Rio de Janeiro.

    “Não tenho dúvidas em afirmar que o caso Marielle e Anderson Gomes está relacionado a essas organizações criminosas”, disse ele. Gussem discursou ao ser reconduzido ao cargo para mais dois anos de mandato à frente do MP-RJ. Ele afirmou que as milícias representam “uma forma perversa de plantar o terror e o medo na sociedade” e destacou que, quando confrontadas pelo aparato estatal, elas reagem “com severos ataques a bens públicos e ameaças a autoridades”.

    O procurador-geral de Justiça lembrou ainda o ataque a tiros sofrido neste domingo pela delegada e deputada estadual Martha Rocha (PDT), que não se feriu com os disparos contra seu carro, mas teve o motorista baleado. A parlamentar relatou ter sofrido ameaças de milicianos.

    “Espero que o lamentável episódio ocorrido ontem com a deputada estadual Martha Rocha não seja mais um capítulo dessa triste e grave história”, disse.

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    Duas linhas

    Ao fim da cerimônia de recondução ao cargo, o procurador-geral de Justiça explicou que o Ministério Público estadual e a Polícia Civil trabalham em duas linhas de investigação distintas no caso Marielle. Enquanto os promotores cruzam dados do caso com outros processos e organizações criminosas identificadas, a Polícia Civil se debruça sobre o crime de forma mais específica.

    “Elas necessariamente não são divergentes, podem até ser convergentes. São linhas que, com o andar dessa análise, podem desembocar na mesma organização criminosa”, disse ele, que ponderou que a investigação da Polícia Civil necessariamente vai passar pela avaliação do MP quando concluída.

    O governador Wilson Witzel (PSC) disse que não teve acesso ao processo (que está em segredo de Justiça) mas defendeu  a ideia de que uma resposta seja apresentada à sociedade rapidamente.

    “Me parece que as duas têm que andar juntas. Se não for possível, aquela que estiver mais adiantada que dê a resposta pra sociedade. Se você tem uma investigação mais adiantada na policia, que a policia já apresente logo o resultado”, disse ele, que o que se espera do direito penal é uma resposta rápida à sociedade: “É muito melhor apresentar muitas vezes um resultado parcial de uma investigação. O inquérito pode ser cindido e continuar a investigação em outros fatos”.

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    Anistia

    Com as investigações ainda inconclusas, a Anistia Internacional reivindica que as autoridades do Estado do Rio de Janeiro venham a público se comprometer com a solução correta do crime. Em comunicado, diz que a “nova gestão do governo do Estado tem o dever de assumir esta responsabilidade e não deixar o caso sem solução.”

    “A demora na solução do assassinato de Marielle Franco tem enormes impactos negativos, pois gera uma espiral de medo e silêncio entre ativistas, defensores de direitos humanos, jovens mulheres negras, comunidade LGBT e todas as pessoas e grupos que, de alguma forma, ela representava. Mas, além disso, há uma enorme preocupação com o fato de que algumas das altas autoridades do Estado do Rio de Janeiro estiveram envolvidas em um episódio de violência contra a memória e a imagem de Marielle”, disse Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional.

    (com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

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