Cinco assuntos para começar seu dia
VEJA traz as principais informações sobre o impacto da pandemia de coronavírus no Brasil e no mundo nesta sexta-feira
As previsões para o fim da quarentena, a explosão de casos do novo coronavírus no mundo, a crítica aberta de Jair Bolsonaro a Luiz Henrique Mandetta, a campanha do Ministério da Saúde em favor de máscaras caseiras e a crise causada pela pandemia no mercado nacional de shows. Esses são os cinco principais assuntos para você começar o seu dia bem-informado.
QUANDO ACABA?
Duas semanas depois do decreto do governo paulista que determinou medidas de distanciamento social para combater a pandemia de coronavírus, a pergunta sobre quando a quarentena vai acabar e o cotidiano será retomado é feita quase que sem parar. A resposta, no entanto, não é clara e nem única. Se o isolamento for respeito à risca, deveremos ter pelo menos mais um mês com as já tradicionais recomendações para ficar em casa, segundo cientistas. VEJA traz em sua capa desta semana uma perspectiva da retomada das atividades com base no que aconteceu na China e mostra como as medidas restritivas podem ajudar a diminuir a curva de contágio do vírus fazendo com que a normalidade volte o quanto antes.
ASSINE VEJA
Clique e Assine1 MILHÃO DE CASOS
Já passa de 1 milhão o total de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no mundo. O país mais afetado pela doença segue sendo os Estados Unidos, com mais de 245 mil casos e 6 mil mortes — o país registrou recorde de óbitos, com 1.169 em 24 horas. Em todo o planeta, mais de 53 mil pessoas morreram em decorrência da Covid-19. Com 14 mil óbitos, a Itália é o país com mais vítimas fatais, seguida pela Espanha, que ultrapassou a marca de 10 mil mortes. No Brasil, a curva de contágio segue em alta e o número de casos confirmados chegou a 7.910, com 299 mortes. A taxa de letalidade no país subiu e foi a 3,8%. O Ministério da Saúde informou ainda que o primeiro caso do novo coronavírus no país ocorreu por volta do dia 23 de janeiro, mais de um mês antes do que havia sido detectado anteriormente.
CRÍTICA ABERTA
Jair Bolsonaro mostrou incômodo com seu ministro da Saúde e criticou Luiz Henrique Mandetta abertamente. O presidente afirmou que não demitiria o auxiliar “no meio da guerra”, mas pediu “humildade” ao titular da pasta. A cobrança é uma resposta à condução técnica de Mandetta na epidemia. O ministro, seguindo recomendações científicas, é um defensor do isolamento social para conter a propagação do coronavírus — o presidente é contra. Em outra frente, governadores do Sul e Sudeste pediram em uma carta ações da União para evitar o colapso econômico das unidades federativas. Tanto a reação de Bolsonaro à manifestação dos líderes estaduais, que ele vê como adversários, quanto a do ministro da Saúde ao comentário do chefe sobre o seu trabalho vão indicar a temperatura da crise política em meio à pandemia.
#USEMÁSCARA
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, recomendou que a população em geral, que não trabalhe em sistemas de saúde e nem apresente sintomas de Covid-19, use máscaras faciais caseiras. A pasta, inclusive, deve publicar orientações para o desenvolvimento artesanal do produto. Para ajudar na falta do material, um professor iniciou uma campanha, que contou com o apoio de pais e alunos, para criar 150 mil máscaras com suas impressoras 3D e doar ao Hospital das Clínicas, em São Paulo. Prevendo um possível colapso no Sistema Único de Saúde (SUS), o ministério determinou o cadastro de profissionais de 14 categorias da área, como veterinários e dentistas, para tentar conter a falta de profissionais em meio à pandemia. Todos vão receber capacitação antes de iniciar o atendimento.
APAGÃO NOS PALCOS
Três semanas depois do início das medidas de distanciamento social no país em decorrência do coronavírus, os primeiros dados sobre o impacto nos shows e eventos do Brasil foram divulgados e VEJA teve acesso com exclusividade. Mais da metade dos eventos previstos até o fim do ano foram cancelados, adiados ou estão em situação incerta. Os prejuízos já somam 290 milhões de reais. Diante do avanço do vírus, empresários trabalham com o semestre perdido e alertam para uma saturação de eventos no final do ano. Isto significa que o prejuízo tende a ser muito maior.