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Cinco assuntos para começar seu dia

VEJA traz as principais informações sobre o impacto da pandemia de coronavírus no Brasil e no mundo nesta terça-feira

Por Da Redação Atualizado em 7 abr 2020, 11h12 - Publicado em 7 abr 2020, 07h48
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  • O fogo cruzado entre Jair Bolsonaro e Luiz Henrique Mandetta e o fico (por enquanto) do ministro da Saúde, uma análise sobre a curva de contágios do novo coronavírus no Brasil, a extensão da quarentena em São Paulo, o novo plano de Paulo Guedes para oferecer crédito a empresas e trabalhadores e Boris Johnson na UTI. Esses são os cinco principais assuntos para você começar o seu dia bem-informado.

    O ‘FICO’ DE MANDETTA

    Mandetta fica. Pelo menos isso é o que garantiu o titular da Saúde em entrevista coletiva após participar de reunião com Jair Bolsonaro e os outros ministros. Como o próprio chefe da pasta definiu, o dia foi “difícil para trabalhar” diante das incertezas sobre sua permanência. Antes de ir a público garantir o seu ‘fico’, Mandetta balançou e só não caiu porque parte da ala militar do governo convenceu o presidente, que já tinha se decidido pela demissão, a voltar atrás. Até as gavetas ele e sua equipe limparam. Por sua firme posição pró-isolamento social, ao contrário do chefe, Mandetta tem recebido o apoio de governadores, como João Doria, desafeto de Bolsonaro, e de lideranças do Congresso. O presidente, que na segunda não comentou o desfecho da disputa, dificilmente deixará de falar nesta terça-feira, 7.

    A CURVA BRASILEIRA

    Com 67 novas mortes e 926 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas, o Brasil chegou a 553 óbitos e 12.056 casos confirmados do novo coronavírus, de acordo com o Ministério da Saúde. Os números assustam e muitos podem se perguntar se o confinamento está surtindo efeito, mas especialistas afirmam que ainda é cedo para uma resposta. “[O efeito] só é percebido de duas a quatro semanas depois que [o isolamento] foi adotado”, diz o infectologista e mestre em saúde pública Bruno Scarpellini, que explica que o avanço está dentro do esperado. O médico, porém, lembra que o aumento no número de testes fará com que os casos registrados também subam. “Devemos prestar a atenção na taxa de letalidade, se haverá mudança.” Apesar de um possível achatamento da curva de contágio no país, não é hora para relaxar. Fique em casa.

    A QUARENTENA SEGUE

    Conforme VEJA antecipou, o governador de São Paulo, João Doria, decidiu prolongar a quarentena por mais quinze dias. Dessa forma, serviços não essenciais seguirão paralisados no estado até 22 de abril. A iniciativa foi amparada por projeções de aumento no número de casos confirmados e mortes por Covid-19 nas próximas duas semanas. Pessoas que desrespeitarem o isolamento e fizerem aglomerações nas ruas serão advertidas e orientadas e, em caso de resistência, a Polícia Militar está autorizada a agir para dissipar as concentrações. São Paulo concentra o maior número de óbitos e diagnósticos positivos do novo coronavírus no país: 304 e 4.866, respectivamente. No total, 107 cidades paulistas já foram atingidas pelo vírus. Nos próximos dias, será possível ver se a decisão de Doria será seguida por outros estados e qual será a reação do governo federal.

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    O NOVO PLANO DE GUEDES

    Em reunião com o seu secretariado e os presidentes do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, discutiu novos meios para oferecer crédito a empresas e trabalhadores em meio à crise sanitária. Apesar de avaliar que os bancos “não são instituições de caridade”, membros do governo acreditam que eles precisam agir para mitigar os efeitos da pandemia na economia. Outra medida prometida por Guedes foi a liberação rápida dos recursos do Bolsa Família para 1,2 milhão de famílias. O ministro pretende anunciar as duas medidas até esta quarta-feira 8. As ações de Guedes surgem quando a indústria automotiva anuncia uma queda de quase 90% nas atividades por causa do coronavírus — e o cenário para o setor nos próximos meses é preocupante.

    BORIS JOHNSON NA UTI

    Diagnosticado com o novo coronavírus no fim de março, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, foi levado para a UTI após seu quadro de saúde se agravar. Antes de ser hospitalizado, o premiê passou cerca de oito dias em quarentena em sua residência, em Londres. Johnson foi um dos líderes mundiais que chegaram a ser contra o isolamento total e precisou recuar diante do rápido do avanço da doença no país. Com 55 anos, o premiê e sua esposa, Carrie Symonds, 32, esperam um filho, que deve nascer em junho. Enquanto estiver internado, Johnson será substituído pelo secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab. Com mais de 52 mil casos e cerca de 5,3 mil mortes, o Reino Unido deve ter um salto no número de casos até o fim do mês, já que serão realizados 100 mil exames por dia até lá.

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