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Cinco assuntos para começar seu dia

VEJA traz as principais informações sobre o impacto da pandemia de coronavírus no Brasil e no mundo nesta quarta-feira

Por Da Redação Atualizado em 25 mar 2020, 11h31 - Publicado em 25 mar 2020, 07h30

O pronunciamento de Jair Bolsonaro, a discussão sobre quarentena e desemprego, o avanço da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, o debate sobre o uso do remédio indicado por Donald Trump e a recuperação das bolsas. Esses são os cinco principais assuntos para você começar o seu dia bem-informado.

PRONUNCIAMENTO BOLSONARO

Em pronunciamento oficial na terça-feira para falar sobre o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro contrariou orientações de especialistas e menosprezou o isolamento social adotado por governadores, criticou a imprensa e chamou a doença que já deixou quase 19 mil mortos no mundo de “gripezinha” e “resfriadinho”. A repercussão foi ruim. Presidente do Congresso, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) disse que o “país precisa de liderança séria e responsável”. Já Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, considerou o pronunciamento “equivocado”. Bolsonaro foi criticado também por aliados do seu ex-partido, o PSL, como Major Olímpio e Coronel Tadeu, e pelo ex-presidente do Partido Novo, que sugeriu sua renúncia. Governadores, parlamentares, ministro do STF e o presidente da OAB foram outros que criticaram as declarações, que, apesar de terem ido na contra mão das recomendações, foram acordadas com o ministro da Saúde, Henrique Mandetta. Nas ruas, foram registrados panelaços contra o presidente durante o pronunciamento. As reações ao que Bolsonaro falou devem continuar nesta quarta-feira e os impactos negativos para o governo podem ser grandes. Principais alvos de suas críticas, os governadores de São Paulo, João Doria, e do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, devem participar de reunião por videoconferência com Bolsonaro nesta quarta-feira, 25, ao lado de outros governadores do Sudeste, conforme consta em sua agenda oficial.

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QUARENTENA X DESEMPREGO

A pandemia de coronavírus levou países a adotarem a chamada quarentena para tentar conter a disseminação da doença. Cidades inteiras foram fechadas e até países populosos, como a Índica, decidiram adotar a medida. Presidentes como Donald Trump e Jair Bolsonaro, além de empresários brasileiros, caso do dono da rede Madero, no entanto, passaram a adotar discursos contrários de que a economia “não pode parar”. Um dos mais importantes empresários do mundo, Bill Gates, porém, criticou Trump e defendeu a medida. O filantropo argumentou que é mais fácil recuperar a economia do que recuperar vidas. As discussões sobre quarentena e desemprego certamente devem continuar durante toda a crise sanitária.

DOENÇA NOS ESTADOS UNIDOS

Com mais de 700 mortos e 53 mil casos confirmados, os Estados Unidos podem se tornar o novo epicentro da pandemia de coronavírus, tendo em vista a rápida aceleração no número de infectados, informou a OMS. Somente na terça-feira, foram mais de 11 mil novos diagnósticos, de acordo com números apurados por agências de notícias. O país, até o momento, está atrás da China e da Itália em números de contaminados pela Covid-19, mas em estados como Nova York, os números estão duplicando a cada três dias, o que deve levá-lo ao topo da lista em breve. Apesar de Donald Trump querer o país livre da doença até a Páscoa, as últimas declarações dadas por ele indicam para um afrouxamento nas medidas restritivas, o que ajudaria a aumentar o número de casos.

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RECUPERAÇÃO DA BOLSA

A terça-feira foi de recuperação para as bolsas mundiais. No Brasil não foi diferente. O Ibovespa encerrou em alta de 9,7% puxado por ações anunciadas pelo governo federal na segunda. O dia foi de alívio também nos índices dos EUA e europeus. A expectativa para esta quarta é de que a bolsa de São Paulo siga a tendência dos mercados mundiais, que abriram em alta impulsionados pelo acordo nos EUA de um grande plano de estimulo à economia.

HIDROXICLOROQUINA

Recomendada por médicos para o tratamento de pessoas com malária, artrite, problema de pele e lúpus, a hidroxicloroquina foi indicada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, como possível remédio contra o novo coronavírus. Organizações responsáveis pela fiscalização de medicamentos, entretanto, ainda não reconhecem nenhuma substância para o tratamento, cura ou prevenção da Covid-19. Mesmo assim, as vendas do remédio no país dispararam após as afirmações de Trump. Um americano, inclusive, morreu na segunda-feira após ingerir uma variação da droga utilizada para cuidar de animais. No Brasil, o Ministério da Saúde avalia autorizar o uso do remédio para pacientes com coronavírus em estado grave em decisão que deve ser tomada ainda esta semana.

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