Cinco pessoas morreram durante um confronto entre a polícia e traficantes nesta quinta-feira 8 na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, durante a Operação Pró-Labore. A operação, desencadeada pela Polícia Civil, pretendia cumprir sete mandados de prisão e 29 de busca e apreensão relacionados ao tráfico de drogas na Cidade de Deus e tinha como um de seus principais objetivos a prisão do traficante Carlinhos Cocaína, de 48 anos, mas ele não foi preso e continua foragido.
Embora a Polícia Civil não tenha conseguido prender o traficante, obteve na Justiça o sequestro de cerca de R$ 5 milhões em bens imóveis, incluindo uma casa em um condomínio na Freguesia, em Jacarepaguá, avaliada em cerca de R$ 2 milhões, que pertence a Carlinhos Cocaína. O imóvel foi revistada pela polícia e foram encontradas peças de vestuário de grife, móveis de luxo, câmeras de segurança, piscina e churrasqueira.
Na casa, foi presa Adriana dos Santos, mulher de Carlinhos Cocaína. Ela foi uma das três pessoas presas na operação, assim como José Luiz Martins e Luciene Ramos Parente, considerados “laranjas” da quadrilha, que emprestam seus CPFs para movimentar o dinheiro do tráfico por meio de contas bancárias em seus nomes.
“Durante o inquérito, comprovou-se que os indiciados realizavam o branqueamento de capitais oriundos do tráfico de drogas da Cidade de Deus, dominada pelo Comando Vermelho, contando com uma sofisticada cadeia de lavagem de dinheiro por meio de aquisição de propriedades imobiliárias com a intermediação de laranjas, imobiliárias, operadores e advogados”, disse o delegado Maurício Mendonça, titular da delegacia de polícia de Jacarepaguá.